PRÓLOGO



Um esforço pioneiro de 10 anos! De um lado, o esforço de um grupo de pesquisadores do INPE, na antiga divisão de Pesquisas Meteorológicas, sob a liderança do Dr. Carlos A. Nobre, em realizar análises climáticas relacionadas primordialmente com a problemática das Secas Nordestinas, com produtos por ocasião ou imediatamente anterior à estação chuvosa no Norte do Nordeste, com métodos estatísticos e conceituais existentes.

Por outro lado, surgia um esforço no INMET em apoiar estas atividades, bem como estendê-las para outras regiões do País, para alertar o setor produtivo, mormente da Agricultura, sobre possíveis flutuações climáticas de maior impacto sobre o setor.

Pensou-se inicialmente em denominá-lo CLIMALERTA, mas como o caráter da publicação era mais diagnóstico e de análise, ficou acertado o nome de CLIMANÁLISE.

Surgiu assim o boletim CLIMANÁLISE, em outubro de 1986, com periodicidade mensal, e inicialmente contando bastante com as análises do CAC/NMC (hoje CPC/NCEP), mostrando que fomos além das análises climáticas para a previsão sazonal do clima em alguns casos específicos permitidos pelo conhecimento e modelagem teórica.

O CLIMANÁLISE vem cumprindo excelente papel com o objetivo de analisar, regionalizar e documentar os eventos climáticos de maior significância, bem como a climatologia sinótica sobre o Brasil. O trabalho inicial conjunto entre o INPE e o INMET continua, mas desde 1989, somente sob a responsabilidade do INPE/CPTEC. O trabalho de regionalização da Meteorologia Brasileira feito pelo MCT tem colaborado substancialmente para a melhoria das análises do clima regional, hoje bem representadas na publicação. A tiragem cresceu significativamente e hoje podemos acessá-lo rapidamente via Internet.

Parabéns a todos aqueles que contribuem significativamente para o CLIMANÁLISE, inclusive aos editores atuais e aos autores das Notas breves já publicadas e citadas em vários trabalhos.


                                                                                     São José dos Campos, outubro de 1996

                                                                                                      Antonio Divino Moura                                                                                                           Coordenador Geral de Meteorologia