DADOS HIDROLÓGICOS


A Figura 27 mostra a localização das vinte e duas (22) estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de janeiro de 2001, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 4.

Na Figura 28, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 2000 a janeiro de 2001. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 29 apresenta cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1986, assim como as cotas observadas desde janeiro de 2000 a janeiro de 2001. Em janeiro último, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 20,63 m, com valor de máxima e mínima igual a 22,09 m e 19,91 m, respectivamente.

Na Região Norte, choveu abaixo da climatologia em grande parte dos Estados. Áreas com anomalias positivas ocorreram em regiões do Amazonas, Amapá e Pará, na altura da Ilha do Marajó. As cotas observadas foram variáveis, com ênfase aos registros observados na barragem de Samuel-RO (20,9%) e no posto de Manacapuru-AM (-3,5%), no Rio Solimões. A barragem de Balbina-AM apresentou cota positiva e elevadíssima, da ordem de 100%, devido às chuvas ocorridas na região do rio Uatumã. O rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP, apresentou desvio positivo igual a 37% em relação à MLT. A redução das águas no Pará, na altura do rio Araguaia-Tocantins, refletiu em desvios negativos de 7% na barragem de Tucuruí-PA.

No Nordeste brasileiro, a barragem de Sobradinho registrou queda acentuada no seu volume quando comparado ao mês anterior, com desvios negativos da ordem de 28%. Este baixo volume foi devido as poucas chuvas observadas ao longo do Rio São Francisco.

As chuvas foram bastante reduzidas na Região Sudeste, o que resultou em cotas predominantemente negativas, destacando-se os postos de Emborcação-MG (-49,5%), Itumbiara-MG (-44%), São Simão-MG (-31%) e Furnas-MG (-50%), no Rio Parnaíba-MG. A barragem de Três Marias-MG registrou cota negativa da ordem de 51%. No Estado de São Paulo, a ocorrência de poucas chuvas reduziu as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP (-41,1%) e em Água Vermelha-SP (-42,4%). Na barragem de Ilha Solteira-SP, a cota negativa observada foi da ordem de 33%. No posto em Registro-SP, o desvio foi igual a -9,4%. Em Xavantes-SP (sobre rio Paraná) e Capivara-SP, as cotas foram negativas com 13% e 4,7%, respectivamente.

Na Região Sul, foi observado um excesso de chuvas que elevou as cotas dos rios e das barragens. No Paraná, as cotas observadas nos postos foram positivas em G. B. Munhoz (80,3%) e Salto Santiago (77%). Em Santa Catarina, predominaram desvios positivos de precipitação no Vale do Itajaí (Tabela 5), onde o posto Blumenau apresentou cota elevada da ordem de 63%. No Rio Grande do Sul, observaram-se cotas positivas nas barragens de Passo Real-RS (109,7%) e Passo Fundo-RS, da ordem de 164%.


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