Em janeiro, as precipitações sobre o norte da bacia do Amazonas, na bacia do Atlântico Norte-Nordeste, na bacia do São Francisco e na bacia do Atlântico Leste (Figura 30) foram bastante reduzidas e ficaram abaixo da climatologia. Os maiores totais de precipitação ocorreram no sul da bacia do Amazonas, na bacia do Tocantins e nos setores norte e leste da bacia do Paraná.
Os valores de vazões observados nas diferentes estações do Brasil são mostrados na Tabela 3, assim como os desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT). A Figura 31 apresenta a evolução temporal das vazões observadas desde janeiro de 2002 até o presente momento e os correspondentes valores da MLT para cada uma das estações citadas na Tabela 3.
Os valores correspondentes às vazões na estação Manacapuru-AM foram obtidos a partir de um modelo estatístico, correlacionando os valores das cotas do Rio Negro com as vazões nesta estação (Figura 32). As cotas no Rio Negro continuaram aumentando, com valor médio igual a 22,12 m e superior ao esperado do ponto de vista climatológico. O máximo valor atingido pelas cotas foi 22,28 m e o mínimo 21,75 m.
Nas estações de Samuel-RO e Manacapuru-AM, continua o aumento das vazões, com desvios positivos em relação à MLT. Na mesma bacia do Amazonas, as estações de Balbina-AM e Coaracy Nunes-AP apresentaram vazões abaixo da MLT, respectivamente iguais a -54,6% e -20,2%. Na estação de Balbina AM, a vazão foi menor que a observada no mês anterior.
Na parte sul da bacia do Rio São Francisco, na estação de Três Marias- MG, a vazão observada apresentou um desvio positivo em relação à MLT, como resultado dos elevados valores de precipitação no oeste da Região Nordeste. Já na parte norte da bacia, na estação Sobradinho-BA, o valor observado foi um pouco menor que o correspondente valor da MLT.
Na bacia do Paraná, todas as estações mostraram desvios positivos se comparados à MLT, com exceção de G. B. Munhoz- PR, cujo valor observado ficou próximo à climatologia. Considerando a evolução temporal das vazões, mostrada na Figura 31, verificou-se que as vazões observadas apresentaram comportamento similar aos da MLT.
Na parte norte da bacia do Atlântico Sudeste, a estação Registro- SP apresentou desvio positivo da vazão em relação à MLT. Na estação Blumenau-SC, o valor observado de vazão foi menor que a MLT. Na parte sul da bacia, nas estações Passo Fundo- RS e Passo Real-RS, os valores observados continuam superando os correspondentes valores da MLT, em mais que 100%.
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