Em função da estiagem provocada pelo fenômeno El Niño e que vem afetando o leste do Nordeste, o norte do Pará e Roraima, o ano de 2003 iniciou com o registro de 3.769 focos de calor (Figura 33). Este número foi aproximadamente duas vezes maior que o observado no mesmo período do ano passado. No Pará, as áreas mais afetadas foram os municípios de Brasil Novo, Monte Alegre, Porto de Moz, Moju, Tomé-Açu, Oriximiná e Peixe-Boi; em Roraima, destacaram-se Alto Alegre, Pacaraima, Mucajaí e Caroebe; no Maranhão, Açailândia, Mirinzal e Santa Luzia; e no Nordeste, a costa leste foi particularmente afetada.
Na primeira quinzena, os focos de calor espalharam-se, sobretudo, no Pará e no Nordeste. Em particular, o norte do Pará apresentou baixos índices pluviométricos que propiciaram a ação do fogo. Nas semanas seguintes, uma onda de calor afetou o setor norte da América do Sul. O Estado de Roraima, em particular, exigiu mais atenção por parte do IBAMA/PrevFogo.
As Unidades de Conservação mais atingidas foram: Estação Ecológica de Murici, em Alagoas; Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão; Floresta Nacional de Roraima, Estação Ecológica de Caracaraí e Estação Ecológica de Maracá, em Roraima; Parque Nacional do Pau Brasil, Parque Nacional da Chapada dos Diamantina, e Parque Nacional do Monte Pascoal, na Bahia; Estação Ecológica de Serra Geral do Tocantins, em Tocantins; e Parque Nacional do Jaú, no Amazonas.
Em terras indígenas, foram detectados focos de calor em Roraima (Raposa Serra do Sol, Trombetas Mapuera, São Luiz, São Marcos e Yanomami), no Pará (Parque do Tumucumaque e Cachoeira Seca) e em Santa Catarina (Aldeia Conda).
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