VÓRTICES CICLÔNICOS E CAVADOS EM ALTOS NÍVEIS


Em janeiro, os Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN) atuaram preferencialmente sobre o Oceano Atlântico e Região Nordeste do Brasil (Figura 30a). De modo geral, a atuação dos vórtices ciclônicos sobre o Nordeste do Brasil inibiu a ocorrência de chuvas desde o Ceará ao leste da Bahia, onde predominou desvio negativo de precipitação. Ressalta-se que a maior freqüência de VCAN sobre o Nordeste do Brasil também esteve associada ao posicionamento da ZCIT ao norte de sua climatologia (ver seção 3.3.2).

No período de 01 a 10, predominou a configuração de cavados em altos níveis sobre o Nordeste. A partir do dia 10, a configuração do escoamento em 200 hPa passou de cavado a vórtice ciclônico, próximo ao litoral da Bahia. Entre os dias 14 e 18, este VCAN posicionou-se sobre o Atlântico, proporcionando o aumento da nebulosidade no norte do Nordeste, porém sem o registro de chuvas mais significativas.

No dia 17, outro VCAN formou-se próximo ao litoral de Pernambuco. Este vórtice deslocou-se para o interior do Nordeste e norte de Minas Gerais, onde permaneceu até o dia 24, contribuindo para a formação do único episódio de ZCAS deste mês (ver seção 3.3.1). A Figura 30b ilustra a atuação deste VCAN no dia 19, às 21:00 TMG.

No período de 27 a 31, notou-se a formação de um VCAN que se deslocou desde o Oceano Atlântico Sul até o litoral do Rio Grande do Norte, favorecendo o aumento da nebulosidade no oeste e sul da Bahia e no centro-sul dos Estados do Maranhão e Piauí, com aumento das chuvas principalmente na Bahia.

Os episódios que se configuraram no dia 16 e no período de 06 a 10 de janeiro estiveram associados à bifurcação do escoamento em altos níveis sobre o Oceano Pacífico e a Bolívia, respectivamente.


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