DADOS HIDROLÓGICOS


A figura 3.1 mostra a localização das vinte e duas estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios, bem como a localização de Manacapuru, onde é estimada a vazão do Rio Solimões. Os valores das médias mensais de janeiro, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986, expressos em porcentagem, são apresentados na tabela 3.1 .

na figura 3.1 , temos para os postos fluviométricos da tabela 3.1 , a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais medidas no período de janeiro de 1997 a janeiro de 1998. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, calculadas a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro, em Manaus. A figura 3.2 apresenta as vazões em postos localizados nas principais bacias hidrográficas do Brasil, enquanto que a figura 3.3 apresenta as cotas médias mensais (para o período de 1903-1996) do Rio Negro. No mês de janeiro, a cota média do Rio Negro foi 20,03 m, variando entre 18,99 m e 20,85 m.

As anomalias negativas de precipitação observadas em quase todo o centro e oeste da Amazônia foram responsáveis pelos desvios negativos de vazão, em relação à MLT, observados no Reservatório de Samuel–RO (-31%), em Balbina-AM (-60%), e em Coaracy-Nunes-AP (-48%). As anomalias positivas observadas no leste do Estado do Amazonas, provavelmente foram responsáveis pelo desvio menos acentuado na vazão do Rio Solimões, em Manacapuru-AM (-7,5%),

Apesar das anomalias positivas de precipitação no leste da Amazônia e na região NE, as vazões no Rio Araguaia-Tocantins, na barragem de Tucuruí–PA e no São Francisco, em Sobradinho-BA, mostraram desvios de –30% em relação à MLT.

Da mesma forma, o Rio São Francisco apresentou desvios negativos (-22%) na barragem de Três Marias-MG, o que foi de encontro as anomalias negativas observadas no Estado de Minas Gerais. Essas anomalias causaram desvios negativos nos postos localizados no Rio Paranaíba, Emborcação-MG (-37%), Itumbiara-MG (-32%) e em São Simão-MG (-24%).

O oeste do Estado de São Paulo, afetado por anomalias de precipitação, apresentou vazões até 30% menores que a MLT no Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP e Água Vermelha-SP, e no Rio Paraná (na barragem de Ilha Solteira). Como o sudoeste do Estado de São Paulo foi afetado por precipitações acima do normal, no Rio Paranapanema observaram-se desvios positivos em relação à MLT nos postos de Xavantes-SP (+21%) e Capivara-SP (+12%). A mesma situação foi verificada em Registro-SP (+69%).

Como no mês anterior, continuaram as enchentes na Região Sul. O Rio Iguaçu apresentou fortes desvios positivos nas vazões de G.B. Munhoz-PR (+148%) e Salto Santiago-PR (128%). O Rio Itajaí-Açu, no posto de Blumenau-SC, mostrou desvios menos acentuados (+50%).

O Estado do Rio Grande do Sul apresentou a situação mais crítica, onde os desvios positivos em relação à MLT, observados em Passo Real-RS e Passo Fundo-RS foram de 163% e 219%, respectivamente.