DADOS HIDROLÓGICOS


A Figura 3.1 mostra a localização das vinte e duas estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de fevereiro, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 3.1.

Na Figura 3.2 pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais medidas no período de janeiro de 1999 a fevereiro de 2000. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 3.3 apresenta as cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903-1996. Em fevereiro, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 21,93 m, com valor de máxima e mínima igual a 22,5 m e 21,26 m, respectivamente.

Na Região Norte do Brasil, as condições pluviométricas no mês de fevereiro apresentaram uma melhoria, quando comparadas com os últimos meses. Apesar do quadro positivo de chuvas na maior parte da Região, são observados desvios negativos nas cotas de alguns rios, tal como, na barragem de Samuel-RO (da ordem de -16%) e no Rio Solimões, no posto de Manacapuru-AM (-4,6%). A barragem de Balbina-AM encontra-se com cota positiva de 70,1%, devido às chuvas ocorridas na altura do rio Uatumã. O Rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP, apresentou desvios positivos da ordem de 1% em relação à MLT. O incremento de água proveniente de chuvas no Estado do Pará, na altura do rio Araguaia-Tocantins, refletiu em desvios positivos de 16,8% na barragem de Tucuruí-PA.

No Nordeste brasileiro, a barragem de Sobradinho apresentou desvio negativo da ordem de -8%. Quando comparado com os últimos meses, observou-se um aumento representativo na cota desta barragem, pois sua cota estava muito baixa. As chuvas nos meses de janeiro e fevereiro, ocorridas ao longo do Rio São Francisco desde o norte de Minas Gerais, contribuíram de forma significativa para a cota desta barragem.

Na Região Sudeste observou-se que no mês de fevereiro, as chuvas foram suficientes para melhorar o quadro de anomalias negativas de precipitação, que vinha persistindo durante meses. Os rios e barragens localizados no Estado de Minas Gerais apresentaram desvios positivos de vazão em relação à MLT. Na barragem de Três Marias-MG (42%), no Rio Parnaíba, nos postos de Emborcação-MG (6,7%), Itumbiara-MG (3,7%), São Simão-MG (10%) e Furnas-MG (-37,7%). No Estado de São Paulo, o quadro positivo de precipitação afetou as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP (32%) e na barragem de Água Vermelha-SP (40%). A barragem de Ilha Solteira-SP, sobre o Rio Paraná, apresentou desvios de 23,4%. Em Xavantes-SP, com a chegada das chuvas sobre rio Paraná, o desvio observado foi positivo, na ordem de 10%. Em Capivara-SP e Registro os desvios foram positivos de 28,3% e 17,4%, respectivamente.

No mês de fevereiro, na maior parte da Região Sul, em especial no Estado do Rio Grande do Sul, foram observados desvios negativos de precipitação. Desta forma, as precipitações não foram suficientes para elevar as cotas dos rios. Apesar deste quadro negativo de ocorrência de chuvas, algumas barragens encontram-se com cotas positivas, como: G. B. Munhoz-PR (7,3%), Salto Santiago-PN (20,5%), Blumenau-SC (11,9%). As cotas negativas foram observadas nas barragens de Passo Real-RS (-16,3%) e Passo Fundo-RS (-57,1%).


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