DADOS HIDROLÓGICOS


A situação de energia elétrica no Brasil melhorou e o Governo Federal irá decretar o fim do racionamento no próximo mês. Ressalta-se, porém, que a situação ainda é preocupante no Nordeste brasileiro, em particular na barragem de Sobradinho.

A Figura 30 mostra a localização das 22 estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de fevereiro de 2002, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 3.

Na Figura 31, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 2001 a fevereiro de 2002. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 32 apresenta cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1986, assim como as cotas observadas desde janeiro de 2000 a fevereiro de 2002. Em fevereiro, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 22,72 m, com valor de máxima e mínima igual a 22,28 m e 23,51 m, respectivamente.

Na Região Norte, o posto de Tucuruí apresentou desvio positivo da vazão, da ordem de 81%. No posto de Coaracy Nunes, no Amapá, as poucas chuvas proporcionaram desvio negativo de vazão. A barragem de Sobradinho, na bacia do Rio São Francisco, é responsável pela produção de 60% da energia elétrica utilizada no Nordeste brasileiro. Em fevereiro, a vazão natural apresentou desvio negativo, porém, muito próxima à MLT.

Na Região Sudeste, as chuvas ficaram acima da média histórica em grande parte de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Nos demais Estados, algum as áreas apresentaram anomalias negativas. Com isso, as vazões foram positivas em Emborcação-MG, Itumbiara-MG, Furnas-MG, Três Marias-MG, São Simão-MG e, em São Paulo, nas barragens de Marimbondo, Água Vermelha, Ilha Solteira e Xavantes. As vazões foram negativas em Capivara-SP e Registro-SP.

Na Região Sul, os postos apresentaram desvios negativos na vazão natural. No Rio Grande do Sul, o posto de Passo Real apresentou desvio negativo. No Vale do Itajaí-SC, o comportamento da precipitação ressaltou valores abaixo do esperado do ponto de vista climatológico (Tabela 4).


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