Em fevereiro, observou-se a presença de Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN) sobre quase todas as Regiões do Brasil. A atuação destes sistemas causou subsidência no Brasil Central, influenciando na ausência de chuvas principalmente sobre a Bahia e Minas Gerais. Por outro lado, a passagem de VCAN’s na Argentina e no Paraguai contribuiu para fortes chuvas nestes países.
A Figura 28a mostra os dias de atuação e a trajetória do centro dos vórtices ciclônicos. A seguir é feita a análise de alguns destes episódios.
O primeiro VCAN iniciou sua trajetória no norte da Bahia no dia 01. Este sistema deslocou-se posteriormente para o interior deste Estado, seguindo para o oeste de Minas Gerais e, finalmente, posicionando-se no litoral do Estado de São Paulo, no dia 07.
A atuação de VCAN em episódios isolados, com duração máxima de um a dois dias, foi notada em vários dias do mês: no norte do Paraguai; no norte do Paraná, no Brasil; no interior da Argentina e no Oceano Atlântico (ver Figura 28a).
No período de 04 a 16, um novo VCAN iniciou sua trajetória no Oceano Atlântico entre 08ºS e 25ºW, atuando, pelo interior, sobre Sergipe e Bahia. No final deste período, houve aumento da nebulosidade sobre estes Estados associado ao deslocamento do centro do VCAN para o oceano.
No dia 20, outro VCAN encontrava-se no oceano, centrado em 15ºS e 30ºW. Este VCAN deslocou-se para o interior da Bahia, norte de Goiás, sul do Mato Grosso, noroeste do Mato Grosso do Sul, terminando sua trajetória no norte da Argentina, no dia 28. Neste período, a falta de chuvas foi maior sobre Minas Gerais e São Paulo.
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