Em fevereiro, as precipitações foram baixas sobre a maior parte das bacias brasileiras, com predominância de anomalias negativas. A exceção foi notada na bacia do Atlântico Leste e em algumas regiões na bacia do Amazonas, onde choveu acima da média histórica.
A Figura 31 apresenta a localização das estações utilizadas nestas análises. Os valores das vazões médias mensais e da Média de Longo Termo (MLT), para cada uma das estações, são mostradas na Figura 32. A Tabela 3 mostra os valores mensais das vazões assim como os correspondentes desvios relativos à MLT.
Na estação Manacapuru-AM, os valores de vazão foram obtidos a partir de um modelo de correlação entre as cotas observadas no Rio Negro e as vazões nesta estação (ver nota no final desta edição). Neste mês, a cota média observada no Rio Negro foi de 22,46 m, sendo a máxima de 23,47 m e a mínima de 21,89 m (Figura 33).
Apesar das vazões continuarem aumentando na bacia do Amazonas, os desvios foram negativos em quase todas as estações monitoradas. O mesmo foi notado na estação de Tucuruí-PA, na bacia do Tocantins, que apresentou um aumento da vazão em relação ao mês anterior e desvio negativo quando comparado à MLT.
Na bacia do São Francisco, a vazão aumentou na estação de Sobradinho-BA e diminuiu na estação de Três Marias-MG em relação ao mês anterior. Em ambas as estações, as vazões foram inferiores à MLT.
As vazões observadas na bacia do Paraná foram, na sua maioria, inferiores àquelas observadas no mês anterior e abaixo da MLT. Somente nas estações de Furnas-MG, Marimbondo-SP e Xavantes-SP, foram observados desvios positivos em relação à MLT.
Em Registro-SP, no norte da bacia do Atlântico Sudeste, a vazão observada diminuiu em relação a janeiro de 2005, porém apresentou valor acima da MLT. Na parte sul desta bacia, as vazões também diminuíram e estiveram abaixo da MLT. Neste mês, as precipitações observadas no Vale do Itajaí foram predominantemente abaixo da média histórica, consistente com as anomalias negativas nas vazões (Tabela 4).
Na bacia do Uruguai, a estação de Passo Fundo-RS apresentou o mesmo comportamento de estações monitoradas na Região Sul, ou seja, uma vazão menor que no mês anterior e menor que o correspondente valor da MLT.
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