ASPECTOS MAIS IMPORTANTES


A principal característica do mês foi a ocorrência de fortes chuvas na última semana do mês na Região Sudeste, principalmente na cidade de São Paulo. Essas chuvas foram decorrentes da formação de sistemas de baixa pressão localizados no litoral de São Paulo, que contribuíram para a formação de linhas de instabilidade e convecção tropical sobre o continente. A temperatura da superfície do mar esteve acima da média climatológica no litoral de São Paulo, propiciando o fortalecimento destes sistemas. Nesta última semana foram registradas algumas chuvas no Espírito Santo e sul da Bahia.

A ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) afetou o litoral norte do país, provocando chuvas significativas no litoral dos Estados do Pará, Maranhão e Ceará. Na maior parte do mês, a presença do VCN (Vórtice Ciclônico do Nordeste) sobre o litoral leste da Região Nordeste inibiu a formação de nebulosidade convectiva, desde o Rio Grande do Norte até Sergipe. Somente na última semana do mês, a ZCIT esteve próxima ao litoral da Região Nordeste, provocando chuvas isoladas no Rio Grande do Norte e oeste de Pernambuco. Outros vórtices ciclônicos em altos níveis estiveram presentes nas Regiões Norte e Nordeste, fazendo com que ocorressem chuvas isoladas nessas regiões.

Na Região Centro-Oeste, a convecção tropical diminuiu com relação ao mês anterior. A passagem de vórtices ciclônicos e Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs) pela Região Sul favoreceram algumas chuvas. Estes sistemas ao interagirem com os sistemas frontais intensificaram-se e originaram frontogêneses e ciclogêneses. Na retaguarda dos sistemas frontais houve a entrada de anticiclones, porém com fraca intensidade.

A circulação anticiclônica em altos níveis (Alta da Bolívia) esteve a sudoeste de sua posição climatológica (seção 2.9.2).


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