Durante o mês de fevereiro foram seis os sistemas frontais que atuaram no Brasil (figura 2.7.1). Este número ficou dentro da média climatológica que são de seis para as latitudes entre 35 e 25S. Na primeira quinzena do mês as frentes frias ao atingirem o sul do país tiveram um rápido deslocamento para a Região Sudeste, organizando forte convecção nas Regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. A partir da segunda quinzena do mês observou-se a atuação de CCM, cavados e vórtices ciclônicos vindos da Argentina que ao se deslocarem para o sul do país, causaram apenas nebulosidade e chuvas isoladas. No mês ocorreram duas frontogêneses e ciclogêneses.
O último sistema frontal do mês de janeiro, encontrava-se no dia 1 do mês de fevereiro no Rio de Janeiro, deslocando-se no dia seguinte para o oceano. Este sistema organizou nebulosidade e instabilidades isoladas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste.
No dia 2, o primeiro sistema frontal do mês atuou no Rio Grande do Sul. Este sistemas interagiu com um VCN favorecendo áreas de instabilidades com chuvas entre 30 a 40 mm nos setores sul/sudoeste do Rio Grande do Sul. A frente fria no dia 6, deslocou-se até o Cabo Frio-RJ onde enfraqueceu.
O segundo sistema frontal atingiu no dia 4 o Rio Grande do Sul. Esta frente fria deslocou-se pelo interior do Rio Grande do Sul e pelo litoral até Cabo Frio-RJ, enfraquecendo no dia 12 no oceano. Este sistema organizou convecção tropical na região central do Brasil. No Rio Grande do Sul, na cidade de Uruguaiana foram registradas chuvas de 109 mm.
No dia 7, o terceiro sistema frontal do mês teve um deslocamento pelo interior do Rio Grande do Sul, até as cidades de Santa Maria e Uruguaiana ambas neste Estado. No litoral deslocou-se até Campos no Rio de Jnaeiro.Este sistema causou chuvas no Rio Grande do Sul e nebulosidade no restante das regiões.
O quarto sistema frontal do mês atingiu o sul do país no dia 14 e teve um deslocamento somente pelo litoral desde Santa Catarina até o Rio de Janeiro, onde enfraqueceu. Este sistema originou-se da passagem de um VCN no Rio Grande do Sul e ao deslocar-se para o oceano, interagiu com o SF, favorecendo frontogênese e ciclogênese.. Durante a sua trajetória houve a formação de áreas de instabilidade causando chuvas e ventos intensos principalmente no norte do Rio Grande do Sul. Nas demais regiões houve nebulosidade e chuvas fracas.
O quinto sistema frontal atingiu no dia 17 o litoral do Rio Grande do Sul. Este sistema deslocou-se para a Região Sudeste, encontrando-se no dia 19 em Santos-SP. A partir desta data permaneceu estacionário até o dia 23 sobre a região, organizando uma faixa de nebulosidade e convecção tropical desde a Região Norte, Centro-Oeste e estendendo-se para a Região Sudeste (ZCAS). Instabilidades isoladas foram observadas nestas regiões.
O sexto e último sistema frontal do mês permaneceu estacionário entre os dias 25 e 28 sobre esta Região Sudeste organizando a ZCAS. Na Região Sudeste, as chuvas ocorreram em quase toda a região de forma isolada. No dia 28 foram registradas chuvas no norte de Minas Gerais com valores entre 30 a 70 mm. A precipitação mais significativa neste setor ocorreu na cidade de Arinos-MG onde foram registradas chuvas de 91 mm.
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