O primeiro trimestre deste ano concentrou a maior parte dos focos em Roraima e na costa leste do Nordeste. Em março, aproximadamente 80% dos 3.098 focos detectados no País ocorreram em Roraima - um recorde que ultrapassou em 85% o número de focos observados em 2002 (Figura 32). Somente na última semana de março, os focos diminuíram em todo o Brasil.
Em Roraima, as queimadas foram mais intensas a leste das serras Tabatinga e Mocidade, entre os dias 1 e 7. Entre os dias 8 e 14 de março, as altas concentrações foram detectadas perto de Boa Vista, a leste das serras de Caracaraí, Mucajaí e Apiaú. A maioria dos focos manteve-se no eixo da estrada Manaus-Caracaraí-Boa Vista (BR-174) e ao longo das margens do médio e baixo Rio Branco, onde há maior ocupação humana. Nas três primeiras semanas, foram observados 8 dias com mais de 100 focos, porém, o dia 17 apresentou o valor máximo de 435 focos, sendo a maioria em Roraima.
Algumas áreas indígenas atingidas em Roraima foram: São Marcos, Trombetas Mapuera, Yanomami, São Luiz, Canauanim, Jacamim e Raposa Serra do Sol. Outras unidades que entraram em alerta máximo pelo IBAMA e que ainda registravam focos desde o mês anterior foram: o Parque Nacional do Viruá, a Estação Ecológica de Caracarai, o Parque Nacional de Monte Roraima e a Estação Ecológica de Maracá, todas em Roraima.
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