Em março, cinco sistemas frontais atuaram no País (Figura 21). A média climatológica é de quatro sistemas para latitudes entre 35ºS e 25ºW.
Na primeira quinzena do mês, as frentes frias deslocaram-se até o Rio de Janeiro devido à atuação de vórtices ciclônicos no norte de Minas Gerais. Somente no dia 21, a quarta frente fria teve um deslocamento até Salvador-BA. A intensificação do jato subtropical e a atuação de cavados em altos níveis contribuíram para a ocorrência de chuvas e ventos fortes no Rio Grande do Sul (ver seções 4.1 e 4.3).
A primeira frente fria atingiu o litoral de Porto Alegre e manteve-se estacionária por dois dias, deslocando-se até Santos-SP nos dias 04 e 05. Este sistema foi associado à ocorrência de uma ciclogênese que causou chuvas, ventos fortes e queda de granizo em várias cidades do interior do Rio Grande do Sul, causando danos humanos e materiais.
No dia 12, o segundo sistema frontal ingressou no sul do País. Este sistema apresentou deslocamento pelo litoral, permanecendo estacionário no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 14, deslocando-se posteriormente para o oceano. O terceiro sistema frontal atuou nos dias 16, 17 e 18 pelo interior e litoral das Regiões Sul e Sudeste, afetando também o Mato Grosso do Sul.
A quarta frente fria atuou no litoral de São Paulo e deslocou-se até o litoral da Bahia, causando aumento das áreas de instabilidade no norte de Minas Gerais e no centro-sul do Nordeste. A partir deste período, notou-se a desconfiguração dos vórtices ciclônicos em altos níveis que atuavam sobre o Nordeste. O quinto e último sistema frontal do mês ingressou no Rio Grande do Sul, no dia 30, deslocando-se no dia seguinte para Porto Alegre-RS.
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