A PRECIPITAÇÃO


As chuvas mais intensas, observadas durante o mês de março, ocorreram sobre a Região Sudeste do país, principalmente sobre o leste do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Isto foi devido à organização da Zona de Convergência do Atlântico Sul, que esteve presente nos primeiros 11 dias do mês (vide Seção 1.4) e também devido à semi-estacionariedade das frentes frias nesta Região. A principal causa desta semi-estacionariedade foi a presença de uma região com TSM acima da média climatológica no Oceano Atlântico, junto à costa da Região Sudeste e sul da Região Nordeste.

A estação chuvosa caracterizou-se como típica de regime de verão, com a atuação da ZCIT sobre as Regiões Norte e sobre o norte do Nordeste. Sobre a Região Centro-Oeste atuaram células convectivas de desenvolvimento diurno (vide Seção 2.6.5), que no início do mês, estiveram associadas as ZCAS.

Valores superiores a 400 mm foram observados na região central do Amazonas, litoral de São Paulo, norte do Pará, Maranhão e do Piauí.

Neste mês, o campo de precipitação apresentou características anômalas negativas, sobre o norte de Minas Gerais, sobre todo o Estado da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, centro-oeste da Paraíba, sul do Ceará, centro-norte do Mato Grosso, centro-sul dos Estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás, noroeste do Amazonas e de Roraima. Estes valores ficaram entre -100 mm no noroeste do Amazonas, a -50 mm no sul do Mato Grosso do Sul e leste do Nordeste.

Desde o mês de novembro de 1995, precipitações inferiores a 50 mm vêm sendo observadas em praticamente todo o Estado da Bahia, devido principalmente à atuação de vórtices ciclônicos de altos níveis sobre o Nordeste.


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