Apesar das chuvas escassas em grande parte do Brasil, verificou-se uma regularização do volume útil na maioria dos reservatórios, resultando na normalização da geração de energia elétrica. Esta normalização decorreu das chuvas observadas na estação de verão sobre o País.
A Figura 29 mostra a localização das 22 estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de abril de 2002, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 3.
Na Figura 30, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 2001 a abril de 2002. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 31 apresenta cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1986, assim como as cotas observadas desde janeiro de 2000 a abril de 2002. Em abril, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 26,11 m, com os valores de máxima e mínima respectivamente iguais a 26.95 m e 25,22 m. Estes valores refletem um quadro de elevação se comparado ao dos últimos meses.
Na Região Norte, as chuvas distribuíram-se acima e abaixo da média. A vazão natural ficou negativa nos postos de Tucuruí (PA) e Samuel (RO). Contudo, observaram-se desvios positivos nas vazões no postos de Coaracy Nunes, no Amapá, e nos postos de Balbinha e Manacapuru, no Amazonas (AM).
A barragem de Sobradinho, na bacia do rio São Francisco, apresentou vazão natural com desvio negativo da ordem de 42%. A redução progressiva na vazão tem sido observada desde o mês anterior, porém está consistente com a redução climatológica das chuvas ao longo dessa Bacia, neste período do ano.
Na Região Sudeste, os postos apresentaram predominância de vazões com desvios negativos. Na Região Sul, os postos apresentaram, em geral, desvios negativos na vazão natural. Em Santa Catarina, no Vale do Jataí (Tabela 4), o comportamento da precipitação foi bem diferenciado, ou seja, com desvios acima e abaixo da média. No Rio Grande do Sul, o posto de Passo Fundo apresentou desvio positivo.
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