GRANDE ESCALA


Durante o mês de abril, as anomalias de TSM continuaram positivas próximo à costa oeste da América do Sul (Figura 1), com valor médio igual a 1,1ºC na região Niño 1+2 (Tabela 1). As anomalias nas regiões do Niño 3 e 3.4 apresentaram valores dentro da climatologia. Na região do Niño 4, a TSM ficou acima da média entre 0,5ºC a 1,0ºC. Esta configuração, em particular, ainda não permite a efetiva caracterização do fenômeno El Niño neste mês.

No Oceano Atlântico Tropical Norte, ocorreram anomalias negativas de até -3ºC na costa noroeste da África. No setor sul do Atlântico Tropical, foram observadas anomalias positivas de até 2ºC, principalmente próximo à costa sudoeste da África e próximo à costa sudeste do Brasil. Este padrão modificou a atuação da ZCIT em relação aos meses anteriores (ver seção 3.3.1).

No campo de Radiação de Onda Longa (ROL) foi destacada a atividade convectiva no Atlântico Equatorial (Figura 4), associada à atuação anômala da ZCIT. Anomalias positivas de ROL sobre as Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil mostram que houve pouca convecção durante abril, nestas regiões, com o registro de chuvas abaixo da média histórica. Na bacia ocidental do Oceano Pacífico Tropical, a convecção acima da média, ao norte e ao sul do equador, esteve consistente com águas superficiais mais quentes que a média climatológica.

Os campos de pressão ao nível do mar e o escoamento em baixos níveis (Figuras 5 e 6) mostram a alta subtropical do Pacífico Sul mais intensa que o normal e os ventos mais intensos ao longo do Pacífico Tropical Sul. No Oceano Atlântico, destacou-se o enfraquecimento da alta subtropical do Atlântico Sul e o enfraquecimento dos alísios de nordeste no Atlântico Norte. Esta configuração do campo de pressão associada às anomalias negativas de TSM na costa noroeste da África estiveram consistentes com o posicionamento da ZCIT ao sul da climatologia a leste de 30ºW (ver seção 3.3.1, Figura 23) e com as anomalias negativas de ROL ao sul do Equador (Figura 4).

Sobre a América do Sul, o escoamento em 200 hPa evidenciou a maior intensidade do jato subtropical sobre o sul do Brasil e norte da Argentina e uma circulação anticiclônica sobre o sudeste da América do Sul (Figuras 9 e 10). Esta configuração também foi consistente com as chuvas abaixo da média em grande parte do Brasil e com a fraca atuação das frentes até o litoral da Região Sudeste.

O campo de geopotencial no Hemisfério Sul permaneceu com número de onda 3 e 4 em latitudes extratropicais e destacou a intensificação da alta do Pacífico Sudeste (Figura 12).

Figuras

[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]


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