QUEIMADAS NO BRASIL


O início da temporada de queimadas foi antecipado em virtude da estiagem prolongada no Brasil Central e em parte do Nordeste. Apesar da forte estiagem também ocorrida no ano passado, somente neste mês houve aumento de 75% no número de focos detectados com relação ao ano passado, ou seja, 1811 contra 1112 focos (Figura 32). Houve queda significativa em Roraima, em função das atuações do IBAMA, enquanto que, no Mato Grosso, constatou-se o aumento dos focos de calor.

Estados que tradicionalmente não apresentavam grandes índices de queimadas, agora contribuem significativamente, a exemplo do Maranhão e Piauí, no Nordeste; Tocantins (com focos no Parque Nacional do Araguaia); São Paulo (em função do plantio de cana de açúcar) e Paraná.

No início do mês, ocorreram focos em Terras Indígenas do Mato Grosso (Tangará da Serra - Paresi (Yanomami)) e em Roraima (Alto Alegre, Caracaraí, Iracema), em áreas desflorestadas e Unidades de Conservação. A Estação Ecológica de Caracaraí/RR foi atingida e de acordo com PREVFOGO/IBAMA, os focos detectados na Unidade foram queimadas controladas.

No Rio Grande do Sul, foram detectados focos nas terras indígenas de Nonoai/Rio da Várzea. Também foram detectados focos de calor no Parque Nacional de Ilha Grande-PR.

O Parque Nacional da Chapada Diamantina e o Parque Nacional do Pau Brasil/BA entraram em estado de alerta em função do surgimento de alguns focos.


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