Em abril, a Temperatura da Superfície do Mar (TSM) apresentou um considerável aquecimento no Pacífico Equatorial Oeste e um aumento do resfriamento, em área e magnitude, no Pacífico Equatorial Leste, quando comparado ao mês anterior. O resfriamento foi mais intenso próximo à costa oeste da América do Sul, onde as anomalias negativas de TSM atingiram -2,0șC na região Niño 1+2 (Figura 1). Na região Niño 4, a anomalia média foi igual a 0,6șC. No Oceano Atlântico Tropical permanece uma extensa área de águas superficiais com temperatura acima da climatologia pelo quarto mês consecutivo.
O campo de Radiação de Onda Longa (ROL) mostra que ocorreu maior atividade convectiva no Oceano Índico e sobre o Pacífico Tropical Norte, com valores até 30 W/m2 na longitude 150șE (Figura 4). Por outro lado, nota-se uma extensa área sobre o Pacífico Tropical Sul onde houve convecção abaixo da média. A Região Nordeste do Brasil apresentou anomalias positivas de ROL, refletindo o déficit de precipitação que se observou durante o mês de abril.
O campo de Pressão ao Nível do Mar (PNM) destacou a alta subtropical do Pacífico Sudeste mais intensa que a média, com predominância de anomalias positivas entre 0 e 2hPa no Pacífico Oriental. No Oceano Atlântico Sul, a alta pressão subtropical enfraqueceu em até 4hPa, quando comparada à climatologia (Figura 5).
No campo de vento em 850 hPa, destacou-se o escoamento ciclônico anômalo ao sul de 30oS, no Atlântico Sul (Figuras 6 e 7), associado à passagem dos ciclones extratropicais que se configuraram na retaguarda dos sistemas frontais. Estes sistemas afetaram o continente sul-americano, causando ressacas e ventos fortes no litoral da Região Sul.
Sobre o Oceano Atlântico, houve intensificação do jato subtropical que também foi associada à formação dos ciclones extratropicais (ver seção 3.1). O escoamento médio em 200 hPa destaca a circulação de verão ainda presente sobre a América do Sul, com a formação da alta troposférica e do cavado do Nordeste (Figuras 8 e 9). No Oceano Pacífico, destacou-se a intensificação do jato subtropical a leste da Austrália.
No Hemisfério Sul, o campo de altura geopotencial em 500 hPa mostrou a ocorrência de um número de onda 3, bem organizado (Figura 12). Nota-se a anomalia negativa de geopotencial no Atlântico Sul, denotando a profundidade das baixas pressões anômalas que se configuraram nesta região.
[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]
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