DADOS HIDROLÓGICOS


A Figura 3.1 mostra a localização das vinte e duas estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de maio, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 3.1.

Na Figura 3.2, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 1999 a maio de 2000. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 3.3 apresenta as cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1996. Em maio, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 27,36 m, com valor de máxima e mínima igual a 28,05 m e 26,61 m, respectivamente.

Na Região Norte, as condições pluviométricas para o mês de maio foram semelhantes às do mês de abril. Desta forma, grande parte do centro-oeste e sul da Região, ou seja, áreas que coincidem com os Estados do Acre e grande parte dos Estados da Amazônia e Pará, apresentaram anomalias negativas de precipitação. Em Roraima, Amapá, e numa pequena parte dos Estados da Amazônia e Pará (Ilha do Marajó), foram observadas anomalias positivas. Desta forma, com quadros positivos e negativos de chuvas, foram observadas os seguintes desvios nas cotas dos rios: na barragem de Samuel -RO (-52,2%) e no Rio Solimões, no posto de Manacapuru-AM (-22,2%).

A barragem de Balbina-AM encontrava-se com cota positiva de 90,9%, devido às chuvas ocorridas na altura do rio Uatumã. O Rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP, apresentou desvios positivos da ordem de 67% em relação à MLT. O incremento de água no Estado do Pará, na altura do rio Araguaia-Tocantins, apesar de menor quando comparado com os meses de março e abril, refletiu em desvios positivos de 19,2% na barragem de Tucuruí-PA.

No Nordeste brasileiro, a barragem de Sobradinho registrou desvios negativos da ordem de -31%, uma queda, quando comparados com o mês de abril. Esta queda teve origem na redução das chuvas ocorridas ao longo do Rio São Francisco.

No mês de maio, ocorreram poucas chuvas na Região Sudeste. Generalizando, em toda esta Região houve um quadro de anomalias negativas de precipitação. Essa situação se refletiu nos desvios das cotas dos rios e barragens desta Região que também foram negativos: no Rio Parnaíba, nos postos de Emborcação-MG (-24,8%), Itumbiara-MG (-24%), São Simão-MG (-14%) e em Furnas-MG (-31,5%). No Estado de Minas Gerais, a barragem de Três Marias-MG registrou cota negativa na ordem de 18%. No Estado de São Paulo, o quadro de pouca chuva afetou as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP (-25,6%) e na barragem de Água Vermelha-SP (-22,1%). A cota observada na barragem de Ilha Solteira-SP foi de -16%. Em Xavantes-SP, sobre rio Paraná, o desvio observado foi de -51,1%. Em Capivara-SP e Registro os desvios foram de -47 e 60%, respectivamente.

Na região Sul, de um modo geral, foram observados quadros negativos de precipitação, que reduziram, de forma significativa, as cotas dos rios e das barragens, como G. B. Munhoz-PR (-58.4%), Salto Santiago-PN (-35,5%), Blumenau-SC (-45,4%). No Rio Grande do Sul, foram observadas cotas negativas nas barragens de Passo Real-RS (-46,2%) e Passo Fundo-RS (46%).


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