Os reservatórios das Regiões Sul, Sudeste e Norte do Brasil apresentaram uma normalização no volume útil necessário para geração de energia elétrica do País. Contudo, ressalta-se que situações criticas ocorrerão sempre que as chuvas observadas no decorrer do ano hidrológico for inferior à média climatológica, principalmente, na bacia do Rio São Francisco.

A Figura 28 mostra a localização das 22 estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de maio de 2002, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 2.

Na Figura 29, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 2001 a maio de 2002. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 30 apresenta cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1986, assim como as cotas observadas desde janeiro de 2000 a maio de 2002. Em maio, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 27,60 m, com valor de máxima e mínima respectivamente iguais a 28,21m e 26,99m. Estes valores refletem um quadro de elevação quando comparado com os últimos meses.

Na Região Norte, ocorreu desvio negativo da vazão natural nos postos de Tucuruí (PA) e Samuel (RO), tendência observada no mês anterior. Porém, observaram-se desvios positivos nas vazões naturais nos postos de Coaracy Nunes, no Amapá, e nos postos de Balbina e Manacapuru, no Amazonas (AM).

Na barragem de Sobradinho, na bacia do Rio São Francisco, a vazão natural apresentou desvio negativo da ordem de 53%. Essa redução nos níveis de vazão vem sendo observada desde março de 2001, como conseqüência da diminuição das chuvas nesta bacia.

Na Região Sudeste, a maioria dos postos apresentou vazões negativas. As exceções foram observadas nos postos Xavantes e Capivara.

Na Região Sul, destacou-se o desvio positivo em Salto Santiago-PR, igual a 28,9%. Em Santa Catarina, no Vale do Itajaí (Tabela 3), a precipitação ficou abaixo da média, com desvio negativo na vazão observada do posto de Blumenau-SC. No Rio Grande do Sul, a vazão apresentou comportamento climatológico no posto Passo Fundo e excedeu a MLT em 66,8% em Passo Real.

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