O mês de maio caracterizou-se por anomalias de TSM entre 0,5ºC e 1,0ºC em grande extensão do Pacífico Equatorial (Figuras 1 e 2). As anomalias positivas na região do Niño 1+2 foram consistentes com a configuração de um fenômeno El Niño relativamente fraco. Nas regiões dos Niños 3 e 3.4, observaram-se anomalias positivas inferiores a 0,5ºC. Destacam-se, também, as anomalias de TSM positivas na costa oeste da América do Sul, cobrindo áreas litorâneas do Chile e do Peru. No Atlântico Sul, continuam em destaque as anomalias positivas de TSM, entre 0,5ºC e 1,0ºC, no litoral da Região Sul e da Região Sudeste do Brasil. Estas anomalias estenderam-se até à costa oeste da África.
As anomalias de Radiação de Onda Longa (ROL) mostraram que a atividade convectiva esteve dentro da normalidade sobre a América do Sul e região do Nino 1+2 (Figura 4). No Atlântico Equatorial, valores de ROL próximos à média indicaram que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) apresentou atividade convectiva dentro do esperado do ponto de vista climatológico. O núcleo de anomalia positiva de ROL sobre o norte da África esteve associado com a permanência da ZCIT ligeiramente ao sul da climatologia (ver seção 3.3.1).
O campo de Pressão ao Nível Mar (PNM) destacou anomalias negativas de até 2hPa no Pacífico Tropical e positivas no Atlântico Tropical, característica de uma onda de número 1 (Figura 5). Nas áreas extratropicais, destacou-se o enfraquecimento da Alta do Pacífico Sudeste próximo à costa oeste da América do Sul. Por outro lado, no Oceano Atlântico Sul, o anticiclone subtropical esteve mais intenso e deslocado para sudeste. No Atlântico Norte, o anticiclone subtropical esteve mais intenso, estendendo-se desde a costa dos Estados Unidos até a costa da África e da Europa. Assim, de modo geral, os anticiclones extratropicais do Atlântico estiveram mais intensos durante todo o mês de maio de 2002 (Figuras 6 e 7).
O escoamento em 250 hPa (Figuras 8 e 9) ressalta o jato australiano e um núcleo com intensidade máxima sobre o Atlântico Sul. No campo de anomalias, nota-se o escoamento ciclônico sobre o Nordeste associado à ocorrência de VCAN (ver seção 4.2).
Os campos de geopotencial médio e anomalia, em 500 hPa, mostrados nas Figuras 11 e 12, destacam um número de onda 3 no Hemisfério Sul, permanecendo a situação observada no mês anterior. A configuração observada sugere um padrão de bloqueio, o que foi consistente com a baixa freqüência de sistemas frontais sobre a Região Sudeste do Brasil.
[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]
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