A temporada de queimadas continua intensa em função da situação de estiagem que se prolonga no Brasil Central. O número de focos aumentou cerca de 85% em relação ao ano passado, ou seja, 3882 contra 2112 (Figura 31). O Estado do Mato Grosso é o que mais contribuiu para este número.
Nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, os índices de queimadas apresentaram redução significativa. Por outro lado, os Estados do Mato Grosso e São Paulo totalizaram 70% dos focos em todo o Brasil.
Somente no dia 27, foram detectados 247 focos de calor no Mato Grosso e 09 focos em Tocantins, de acordo com imagens do satélite NOAA-12. A verificação feita em mosaico de imagens Landsat/TM para a Amazônia Legal mostrou que os focos de calor detectados pelo satélite NOAA-12, no Mato Grosso (Nova Ubiratã, Nova Mutum, Gaúcha do Norte, Nobres, Campo Novo do Parecis e outros municipios), ocorreram em áreas florestais e desflorestadas, enquanto em Tocantins (Mateiros, Miranorte, Silvanópolis) ocorreram em áreas desflorestadas e Unidade de Conservação.
Dentre as áreas de Proteção Ambiental (APA) que foram atingidas no início do mês, estão a Estação Ecológica de Serra Geral do Tocantins, o Parque Nacional do Araguaia/TO, o Parque Nacional de Cabo Orange/Amapá, o Parque Nacional de Monte Pascoal /BA, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros/GO e a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins.
Foram atingidas as terras indígenas de Cana Brava/Guajajara/MA, o Parque do Xingu/MT, Sangradouro/Volta Grande/MT e Nambikwara, Bakairi e Paresi, no Mato Grosso.
[Índice]