Em maio, as precipitações foram reduzidas na maioria das bacias brasileiras, apesar da predominância de desvios positivos. Somente na parte norte da bacia do Amazonas, no extremo leste das bacias do Atlântico Norte-Nordeste e Atlântico Leste e na bacia do Uruguai, observaram-se precipitações mais significativas.
As vazões foram analisadas para as estações mostradas na Figura 30, enquanto que, na Figura 31, encontra-se a evolução temporal da vazão em cada uma destas estações e as respectivas Médias de Longo Termo (MLT). Os valores médios das vazões nas estações e os desvios em relação à MLT são mostrados na Tabela 2.
Para a estação de Manacapuru-AM, as vazões foram calculadas utilizando um modelo de correlação entre as cotas observadas no Rio Negro e as vazões nesta estação (ver nota no final desta edição). No mês de maio, as cotas no Rio Negro tiveram um máximo de 28,08 m e um mínimo de 27,22 m, sendo o valor médio igual a 27,79 m (Figura 32).
As vazões aumentaram em relação ao mês anterior e excederam a MLT em Manacapuru-AM e Balbina-AM, cujas áreas de aporte encontram-se no noroeste da bacia do Amazonas. Em Samuel-RO e Coaracy Nunes-AP, as vazões diminuíram e apresentaram desvio negativo e positivo, respectivamente, se comparado à MLT. Situação similar ocorreu em Tucuruí-PA, na bacia do Tocantins, cuja vazão diminuiu em relação ao mês anterior, porém excedeu a MLT.
Na bacia do São Francisco, as estações de Sobradinho-BA e Três Marias-MG apresentaram vazões inferiores às observadas no mês anterior. Considerando a MLT, apenas a estação localizada na parte alta bacia apresentou desvio positivo.
Na bacia do Paraná, as estações de Emborcação-MG, Itumbiara-MG, São Simão-MG e Ilha Solteira-SP apresentaram diminuição das vazões em relação ao mês anterior. Nas estações de Capivara-SP, Salto Santiago-PR e Marimbondo-SP, houve aumento das vazões em relação ao mês de abril. Considerando a MLT, somente as estações de Itumbiara-MG e Emborcação-MG, localizadas no extremo nordeste da bacia, apresentaram desvios negativos.
As vazões aumentaram nas estações localizadas na bacia do Atlântico Sudeste, porém, somente na estação Blumenau-SC, a vazão foi superior à MLT. As demais estações apresentaram desvios negativos. No vale do Itajaí, as chuvas excederam os valores médios (Tabela 3), que se refletiu na vazão observada em Blumenau-SC.
A estação Passo Fundo-RS, na bacia do Uruguai, também apresentou aumento da vazão e desvio positivo em relação à MLT.
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