DADOS HIDROLÓGICOS


A figura 3.1 mostra a localização das vinte e duas estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios. Os valores das médias mensais de maio, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na tabela 3.1.

Na figura 3.2 pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais medidas no período de janeiro de 1998 a maio de 1999. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A figura 3.3 apresenta as cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903-1996. Em maio, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 26.57 m.

A ocorrência de precipitações abaixo da média que afetaram o Estado de Rondônia provocaram desvios negativos de vazão na barragem de Samuel-RO, da ordem de -30.8%. Na Amazônia Central, entretanto, foi observada a permanência de anomalias positivas de precipitação, o que é consistente com os desvios positivos de vazão observados no Rio Uatumã, na barragem de Balbina-AM (+47.3%) e no Rio Solimões, no posto de Manacapuru-AM (+10.9%). O Rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP mostrou desvios negativos da ordem de -13.1% em relação a MLT, onde se observou uma diminuição considerável do volume de precipitação em relação a abril. Com as chuvas ocorridas principalmente nos últimos dois meses houve uma diminuição na magnitude dos valores das anomalias negativas. O rio Araguaia-Tocantins apresentou desvios negativos de -17.1% na barragem de Tucuruí-PA.

A ausência ou o baixo índice pluviométrico na região norte de Minas Gerais causaram uma redução acentuada na vazão do Rio São Francisco, sendo observada uma redução significativa na vazão, tornando os desvios negativos (-44.7%) na barragem de Três Marias-MG. As anomalias negativas de precipitação, que afetaram a maior parte do Estado de Minas Gerais, foram também decisivas nas condições volumétricas da barragem de Sobradinho, tornando os desvios negativos (da ordem de -47.7%).

No norte do Estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, observa-se que as precipitações pluviométricas apresentaram anomalias abaixo da média, refletindo nos desvios negativos da vazão observada no Rio Parnaíba, nos postos de Emborcação-MG (-48%), Itumbiara-MG (-49.5%), São Simão-MG (-37.1%) e Furnas-MG (-32.5%). A redução das chuvas na região central do Estado de São Paulo afetou as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP e Água Vermelha-SP, que apresentam desvios negativos de vazão em relação à MLT, da ordem de 20%. Da mesma maneira, a barragem de Ilha Solteira, sobre o Rio Paraná, apresentou desvios de -25.4%.

O Rio Paranapanema apresentou desvios positivos em todos os seus postos, porém inferiores em magnitude em relação ao mês passado. Os valores nos respectivos postos foram os seguintes: Xavantes - SP (13.2%) e Capivara - SP (14%). O posto de Registro foi o único posto do Estado de São Paulo em que foram registrados desvios negativos (-4.8%).

Em contraste com o mês anterior, os desvios observados nas vazões dos rios na Região Sul do Brasil foram negativos. O desvio negativo mais significativo foi registrado no posto de Blumenau em Santa Catarina e foi de -74.6%. Nos outros postos da Região Sul, os desvios variaram entre -33% e -58%.


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