DADOS HIDROLÓGICOS


A Figura 3.1 mostra a localização das vinte e duas estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de junho, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT), para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem), são apresentados na Tabela 3.1.

Na Figura 3.2 pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais medidas no período de janeiro de 1999 a junho de 2000. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 3.3 apresenta as cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903-1996. Em junho, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 28,43 m, com valor de máxima e mínima iguais a 28,62 m e 28,10 m, respectivamente.

Na Região Norte, as condições pluviométricas para o mês de junho, apresentaram-se em geral, abaixo da média, quando comparadas com a climatologia. Porém, parte do Norte da Amazônia, região coincidente com o território do Estado de Roraima, apresentou um quadro de anomalia positiva de precipitação. Foram observados os seguintes desvios nas cotas dos rios: -66,4 % na barragem de Samuel-RO e 5,9% no Rio Solimões, no posto de Manacapuru-AM. A barragem de Balbina-AM encontrava-se com volume reduzido, porém, com cotas positivas da ordem de 11%. Essas anomalias positivas devem-se às chuvas ocorridas na altura do rio Uatumã. O Rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP, apresentou desvios positivos da ordem de 35% em relação à MLT. A diminuição das chuvas no Estado do Pará, na altura do rio Araguaia-Tocantins, refletiu em desvios negativos da ordem de 16% na barragem de Tucuruí-PA.

No Nordeste brasileiro, a barragem de Sobradinho-BA registrou desvios negativos, da ordem de -28%, quando comparados com a MLT. A queda na cota e volume desta barragem vem sendo observada desde o mês de março. Esta tendência tem origem na redução das chuvas ocorridas ao longo do Rio São Francisco.

Na Região Sudeste, ocorreram poucas chuvas. Com este quadro, foram observados desvios negativos nas cotas dos rios e barragens: -30,7% no Rio Parnaíba, nos postos de Emborcação-MG), -25,45% em Itumbiara-MG,
-15% em São Simão-MG) e -25,7% em Furnas-MG. No Estado de Minas Gerais, a barragem de Três Marias registrou cota negativa de 21,6%. No Estado de São Paulo, o quadro de pouca chuva afetou as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP (-16,5%) e na barragem de Água Vermelha-SP (-15,6%). A barragem de Ilha Solteira-SP apresentou desvio negativo na ordem de 15%. Em Xavantes-SP, sobre o rio Paraná, o desvio observado foi de -47,7%. Em Capivara-SP e Registro, os desvios foram negativos, de 51,8 e 61,5%, respectivamente.

Na Região Sul, foram observados quadros positivos e negativos de precipitação, porém, predominou o quadro de anomalia negativa. Desta forma, as cotas dos rios e barragens registraram valores abaixo da MLT, ou seja, negativos: -58,6% em G. B. Munhoz-PR, -39,9% em Salto Santiago-PN e -53,5% em Blumenau-SC. No Rio Grande do Sul foram observadas cotas negativas nas barragens de Passo Real-RS (-16,1%) e Passo Fundo-RS (-9,5%).


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