O mês de junho começou com a presença de uma massa de ar frio e seco sobre a Região Sul, que entrou no último dia do mês de maio. No início do mês essa massa de ar diminuiu as temperaturas na Região Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
No dia 2, essa massa de ar se deslocou para o Oceano, mas, mesmo assim, as temperaturas permaneceram baixas no Rio Grande do Sul e em declínio em Santa Catarina e no Paraná. Também favoreceu a ocorrência de geadas, no dia 1, em São Joaquim-SC. No dia 2, a formação de geadas foi ampla na Região Sul, e chegou a atingir Campos do Jordão, no dia 6. A Tabela 2.7.2 indica as localidades, dias e intensidade das geadas ocorridas nesse período.
Após a influência dessa massa de ar frio e seco houve o predomínio de uma massa de ar quente e seco em grande parte da primeira quinzena do mês. Somente no dia 17, uma massa de ar em altas latitudes invadiu a Região Sul com queda de temperatura, chegando a 10ºC no sudoeste do Rio Grande do Sul e deslocando-se rapidamente para o Oceano.
No dia 20, a formação de uma ciclogênese no Oceano Atlântico favoreceu novo declínio de temperatura no Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e no sudeste do Mato Grosso do Sul, onde os termômetros marcaram 4ºC. No dia 21, a alta pressão invadiu o Rio Grande do Sul pelo oeste e houve declínio de temperaturas no Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e no oeste de São Paulo. Essa alta pressão chegou em São Paulo, mas rapidamente e deslocou-se para o Oceano Atlântico.
Nos dias 25 e 26, observou-se uma nova frente fria passando pela Região Sul, e, na retaguarda desse sistema uma nova massa de ar frio de altas latitudes trouxe declínio de temperatura para o sul do Rio Grande do Sul. Essa massa de ar deslocou-se zonalmente para o Oceano Atlântico no dia 27.
No dia 29, mais uma frente fria trouxe, na sua retaguarda, a última massa de ar de altas latitudes do mês, que causou somente declínio de temperatura no sul do Rio Grande do Sul.
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