DADOS HIDROLÓGICOS


A (Figura 30) mostra a localização das vinte e três estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios, bem como a localização de Manacapuru, onde é estimada a vazão do Rio Solimões. Os valores das médias mensais de junho, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986, expressos em porcentagem, são apresentados na (Tabela 7).

Na (Figura 30) temos, para postos fluviométricos de dezoito localidades da (Tabela 7), a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais medidas no período de janeiro de 1995 a junho de 1996. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, calculadas a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro em Manaus. A (Figura 32), apresenta as cotas médias mensais no período 1995-1996 do Rio Negro em Manaus. No mês de junho, a cota média foi de 28,44 m, variando entre um mínimo de 28,15 m e um máximo de 28,54 m.

A (Figura 31) apresenta as vazões das principais bacias hidrográficos localizadas no território Brasileiro. No posto Samuel-RO, a vazão permaceu inferior à MLT (-31 %), devido às anomalias negativas de precipitação que vêm ocorrendo no sudoeste da Amazônia. O Solimões em Manacapuru-AM apresentou vazões ligeiramente superiores à MLT. No posto Balbina-AM os desvios positivos de vazão foram bem acentuados (+45%), em concordância com as anomalias positivas de precipitação que ocorreram no norte da Amazônia. A mesma tendência nas vazões foi verificada no posto Coaracy-Nunes - AP (+50%), acompanhando as anomalias positivas de precipitação (de até 100 mm) ocorridas no Estado do Amapá.

No posto de Tucuruí - PA as vazões permaneceram ligeiramente inferiores à MLT (-19%), enquanto que a precipitação na área esteve próxima à média histórica.

Em Sobradinho-BA continuaram a ocorrerem desvios negativos de vazão (-43%), apesar das anomalias positivas de precipitação verificadas no norte do Estado da Bahia (entre +25 e +50 mm). As vazões em Sobradinho tem se mantido consistentemente abaixo da MLT nos últimos 2 anos. Tal tendência também foi verificada em Três Marias-MG (-52 %), na alta bacia do Rio São Francisco.

Os postos localizados no Rio Paranaiba (Emborcação, Itumbiara e São Simão) mantiveram desvios negativos de vazão em relação à MLT, variando entre -34 % em São Simão até -50 % nos dois primeiros postos.

Os postos do Estado de São Paulo, em geral, apresentaram desvios negativos de vazão. Em Marimbondo, Água Vermelha e Xavantes os desvios variaram entre -15% e - 19% em relação à MLT. Em Ilha Solteira e Capivara o desvio negativo aumentou para -42% e -33% respectivamente, provocados pelas anomalias negativas de precipitação que se verificaram no sudoeste do Estado de São Paulo. Já o posto de Registro foi afetado por anomalias positivas de precipitação, o que originou vazões da ordem de 6% acima da MLT.

Na Região Sul, as vazões permaneceram próximas à MLT nos postos localizados no Estado do Paraná e Santa Catarina (G.B. Munhoz - PR, Salto Santiago - PR, Blumenau - SC). No Rio Grande do Sul, no entanto, as vazões permaneceram abaixo da MLT, entre -25% em Passo Fundo e -43% em Passo Real. Esse comportamento esteve de acordo com as anomalias de precipitação verificadas no mês de Junho na Região Sul.


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