SUMÁRIO


O mês de junho foi marcado pela penetração das massas de ar de latitudes altas sobre as Regiões Sul, Sudeste e sul do Centro-Oeste, ocasionando quedas significativas na temperatura do ar nessas regiões e ocorrência de geadas na Região Sul. Uma massa de ar frio de grande intensidade penetrou no sul no final do mês, provocando neve em locais isolados nas Serras Gaúchas e Catarinenses. As temperaturas médias mensais na Região Sul ficaram com anomalias negativas de temperatura.

No mês de junho, a precipitação ficou próxima à média na região central do país. A parte sudoeste e sul do Rio Grande do Sul continuou a apresentar chuvas abaixo da média, como verificado no mês passado. As precipitações estiveram também abaixo da média no litoral dos Estados de Pernambuco, da Paraíba, do Ceará, no sul da Bahia, e na área desde o noroeste do Paraná até o sul do Mato Grosso do Sul. As chuvas acima da normal climatológica ocorreram no leste de Santa Catarina e sobre o norte da Região Norte.

A presença do fenômeno La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, persistiu durante junho. Os índices atmosféricos e oceânicos usados para monitorar o fenômento El Niño-Oscilação Sul (ENOS) continuaram indicando uma situação de episódio frio, como apontado nos últimos meses. O Índice de Oscilação Sul (IOS) foi 1,0.

Sobre o Oceano Atlântico as águas continuaram aquecidas em toda a costa brasileira, com os maiores desvios positivos sobre a costa das Regiões Sul e Sudeste, superiores a 1,0oC acima da média climatológica. Comparado ao mês de maio, houve um pequeno aumento da TSM junto à costa das Regiões Sul e Sudeste, o que, junto com a maior incidência das frentes frias sobre essas Regiões, contribuiu para o aumento da precipitação. Junto à costa leste do Nordeste, os ventos se apresentaram com anomalias de sudeste, o que é uma situação favorável às chuvas do leste do Nordeste, porém ainda se apresentaram com intensidades fracas.


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