DADOS HIDROLÓGICOS


A Figura 3.1 mostra a localização das 22 estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de julho, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na tabela 3.1.

Na Figura 3.2, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 1999 a julho de 2000. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 3.3 apresenta cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1986 e a cota observada de janeiro de 1999 a julho de 2000. Em julho, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 28,43 m, com valor de máxima igual a 28,61 m e de mínima igual a 28,09 m.

Na Região Norte, predominaram condições pluviométricas acima da média histórica. No Rio Solimões, no posto de Manacapuru-AM, foi observada cota igual a 8,9%. A barragem de Balbina-AM apresentou-se com cota positiva da ordem de 58%, devido às chuvas ocorridas na altura do rio Uatumã. O Rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP, apresentou desvios positivos da ordem de 26% em relação à MLT. Contudo, a barragem de Samuel-RO apresentou cota negativa, igual a 70,9%. O baixo incremento de água no Estado do Pará, na altura do rio Araguaia-Tocantins, também refletiu em desvios negativos de 11,3% na barragem de Tucuruí-PA.

No Nordeste brasileiro, a barragem de Sobradinho registrou desvio negativo da ordem de 29%, déficit maior que o observado em junho passado (-28%). Este déficit continuou associado à redução das chuvas ao longo do Rio São Francisco.

Na Região Sudeste, observou-se que os desvios nas cotas dos rios e barragens desta Região foram negativos. A barragem de Três Marias-MG registrou cota negativa da ordem de 26%. No posto de Emborcação-MG, o desvio foi igual a -25,9%, seguido por -21,7% em Furnas-MG, -21,3% em Itumbiara-MG e -5,3%, em São Simão-MG. No Estado de São Paulo, a situação de pouca chuva afetou as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP (-9,2%) e na barragem de Água Vermelha-SP (-9,9%). A cota observada na barragem de Ilha Solteira-SP foi de -11,3%. Em Xavantes-SP, sobre o rio Paraná, o desvio observado foi de -42,0%. Em Capivara e Registro, no Estado de São Paulo, os desvios foram negativos, iguais a -35,5% e -62,7%, respectivamente.

Na Região Sul, predominaram anomalias negativas de precipitação que reduziram as cotas dos rios e das barragens. Este quadro vem persistindo nos últimos meses. Destacaram-se as cotas G. B. Munhoz-PR (-31,3%), Salto Santiago-PN (-11,4%) e Blumenau-SC (19,1%). No Rio Grande do Sul, foram observadas cotas positivas nas barragens de Passo Real-RS (31,3%) e Passo Fundo-RS (60,3%).


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