O campo médio mensal de anomalia de TSM mostrou desvios negativos de TSM em todo o Oceano Pacífico Equatorial (Figura 1.2.1). As maiores anomalias ocorreram no Niño 1+2, onde a TSM esteve 1oC abaixo da média climatológica (Tabela 1.2.1 e Figura 1.2.2).
No Oceano Atlântico Tropical predominaram TSM’s próximas à média em praticamente todo o Atlântico (Figura 1.2.3). No Atlântico Tropical Norte, foram registradas TSM’s ligeiramente abaixo da média climatológica.
A convecção tropical no Oceano Pacífico Equatorial Oeste esteve abaixo da média climatológica (anomalias positivas de ROL) (Figura 1.2.4). Ao norte da Indonésia, desvios negativos sugerem que a convecção esteve acima da média. Esses padrões estão associados às águas mais frias que a média no Oceano Pacífico Equatorial, característica do atual episódio La Niña. Nos setores nordeste e central da América do Sul, observou-se convecção acima da média (anomalias negativas de ROL).
A alta subtropical do Pacífico Sul esteve mais intensa que o normal, favorecendo a ação dos ventos alísios próximo ao Equador. Essa situação contribuiu para a manutenção do fenômeno La Niña. A Alta Subtropical do Atlântico Sul esteve deslocada para leste. A configuração de anomalias positivas de pressão no setor sudoeste e negativas no sudeste da América do Sul foram associadas à incursão de massas de ar frio sobre o continente, que provocaram queda significativa de temperatura no centro-sul da América do Sul (Figura 1.2.5).
Os ventos em baixos níveis da atmosfera (850 hPa) estiveram mais intensos que a média na região equatorial, a oeste de 160oW e no Pacífico Tropical Sul (Figuras 1.2.6 e 1.2.7). A anomalia do vetor pseudo-tensão de cisalhamento evidencia anomalias de leste na costa da Região Nordeste, favorecendo o transporte de umidade para o interior do continente (Figura 1.2.8).
Em altos níveis (200 hPa), foi observado que o jato subtropical australiano esteve menos intenso que o normal no setor sul. Sobre o sul do Brasil, a magnitude do vento ficou acima da média e uma anomalia ciclônica sobre o centro-sul da América do Sul resultou da atuação de vários cavados profundos nessa região. A configuração de anomalias anticiclônicas a sudoeste da América do Sul e anomalias ciclônicas sobre o sul da América do Sul é uma característica atmosférica associada a entrada de ar frio sobre o continente (Figuras 1.2.9 e 1.2.10).
Nas latitudes médias do Hemisfério Norte, o campo de anomalias de geopotencial em 500 hPa mostra um padrão de onda 3. No Hemisfério Sul, também foi observado um padrão de onda 3. Em ambos os casos, o padrão não está bem definido (Figuras 1.2.11 e 1.2.12).
[ Figura 1.2.1][ Figura 1.2.2] [ Figura 1.2.3] [ Figura1.2.4] [ Figura 1.2.5] [ Figura 1.2.6][ Figura 1.2.7] [ Figura 1.2.8] [ Figura 1.2.9] [ Figura 1.2.10] [ Figura 1.2.12][ Tabela 1.2.1]
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