GRANDE ESCALA


O campo de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) continuou apresentando anomalias negativas no Oceano Pacífico Leste, na região do Niño 1+2. Porém, em grande extensão do Oceano Pacífico Central e Oeste (Niños 3 e 4), continuaram ocorrendo anomalias positivas de TSM de até 1ºC (Figuras 1 e 2). Destacou-se, também, a persistência de anomalias negativas de TSM sobre o Pacífico Sudeste, entre 90ºW e a costa oeste da América do Sul, relativamente ao mês anterior. Na bacia do Atlântico Norte, predominaram anomalias negativas de TSM. No Atlântico Sul, foi observada uma grande extensão de anomalias positivas de TSM próximo à costa leste da América do Sul e próximo à costa oeste da África, situação observada ao longo dos últimos meses.

No campo de anomalia de ROL, destacaram-se valores negativos, entre 15 W/m2 e 30W/m2, entre as latitudes de 10ºN e 20ºN, ao longo do Pacífico Subtropical Norte (Figura 4). Sobre a América do Sul, em área isolada no centro-oeste, registrou-se anomalia negativa de ROL. Ressalta-se, porém, que a precipitação associada a este aumento de nebulosidade não excedeu os 100 mm no oeste do Brasil. Anomalias positivas de ROL ocorreram sobre as regiões da Indonésia, Índia e Austrália.

O campo de Pressão ao Nível do Mar (PNM) é mostrado na Figura 5. Verificou-se que o anticiclone subtropical do Atlântico Sul esteve mais fraco e deslocado de sua posição climatológica. Esta situação foi consistente com desvios negativos de precipitação ao longo da costa leste do Nordeste (ver seção 2.1). Por outro lado, o anticiclone do Atlântico Norte esteve mais intenso. Sobre o Pacifico Sudeste, observaram-se anomalias positivas de PNM, consistente com a persistência das anomalias negativas de TSM na região do Niño 1+2.

No escoamento em baixos níveis, destacou-se o enfraquecimento dos ventos alísios ao longo do Pacífico Equatorial, associado ao desenvolvimento do El Niño (Figuras 6 e 7). Na costa leste do Nordeste, os ventos de sudeste estiveram mais relaxados, o que também foi consistente com a redução das chuvas.

O campo médio do vento em 200 hPa (Figuras 8 e 9) mostrou o par de anticiclones anômalos que normalmente se desenvolve em episódios quentes do fenômeno ENOS. No campo de anomalias, nota-se um trem de onda da Austrália até a América do Sul.

O campo de geopotencial em 500 hPa (Figuras 9 e 10) destacou a formação de onda 4 no Hemisfério Sul. Na costa oeste da América do Sul, no litoral chileno, observou-se uma anomalia negativa, indicando a influência de cavados nessa região.

Figuras

[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]


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