Cerca de 18.000 focos de queimadas foram detectados no País, neste mês de julho, pelo satélite NOAA-12 (Figura 34). Considerando que houve falta de informação nos dois últimos dias de julho, quando falharam as transmissões, o total pode ter se aproximado de 20.000 focos. Este valor foi bem superior aos aproximadamente 13.700 focos observados em junho passado, porém dentro do esperado, uma vez que o ciclo das queimadas de origem antrópica intensifica-se muito durante o segundo semestre do ano, quando se inicia o período de estiagem na região central do País. No mesmo período do ano passado, o resultado foi praticamente o mesmo, aproximadamente 19.500 focos.
Neste ano, apenas os Estados do Pará e Tocantins apresentaram aumento significativo em relação ao ano passado, superior a 25%. Os Estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná tiveram redução nos focos, possivelmente devido ao aumento das chuvas em relação ao ano anterior. Ressalta-se que o Mato Grosso contabilizou 60% dos focos, seguido do Pará, com 17%, e do Tocantins, com 5%. Várias Unidades de Conservação, federais e estaduais, além de terras indígenas, foram atingidas pelo fogo, destacando-se as localizadas em Goiás, Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Tocantins.
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