Neste mês, houve a permanência da área de anomalia negativa de Temperatura da Superfície do Mar (TSM), próximo à costa oeste da América do Sul (Nino 1+2), observada no mês de junho de 2005 (Tabela 1 e Figura 1). Já a região com anomalia positiva de TSM diminuiu em grande extensão do Pacífico Equatorial. O Atlântico Tropical Norte também apresentou uma redução na extensão da área que se encontrava anomalamente quente. Porém, ainda são verificadas áreas com anomalias de até 1ºC. O Atlântico Tropical Sul também apresentou uma redução na área e intensidade das anomalias negativas próximo à costa da África. Ressalta-se a manutenção da extensa área de anomalia positiva de TSM sobre o setor sudoeste do Atlântico Tropical, repetindo a situação observada no mês anterior.
A atividade convectiva ao longo do cinturão tropical esteve próxima à climatologia (Figura 5) e repetiu o mesmo padrão observado no mês passado. Destacaram-se as regiões próximas ao Golfo do México e ao sudeste da Ásia, onde as anomalias negativas de Radiação de Onda Longa (ROL) podem estar associadas à atividade de furacões e ciclones tropicais, cuja temporada teve início no mês passado.
O campo de anomalia de Pressão ao Nível do Mar (PNM) mostra um leve fortalecimento da alta subtropical do Pacífico Sudeste, em relação ao mês anterior. Por outro lado, a alta subtropical do Atlântico Sul esteve menos intensa (Figura 6). Predominaram anomalias negativas de PNM sobre a região sul do Oceano Índico, assim como no Golfo do México e sobre o Pacífico Equatorial Oeste.
As Figuras 7 e 8 ilustram o escoamento em baixos níveis da atmosfera (850hPa). Notou-se que os alísios ficaram mais intensos no Pacífico Oeste e que ocorreu um enfraquecimento destes ventos no Pacifico Leste. Este fato pode estar associado ao enfraquecimento da alta subtropical do Pacífico Sudeste (Figura 6). Na América do Sul, o enfraquecimento da circulação da alta subtropical resultou em um escoamento de norte menos intenso a leste dos Andes, quando comparado a junho passado. Este fato pode ter contribuído para a ausência do jato em baixos níveis e foi consistente com o registro de chuvas abaixo da média no setor oeste da Região Sul do Brasil.
O escoamento em 200 hPa esteve bastante zonal no Hemisfério Sul, ressaltando as regiões dos jatos subtropicais ao longo de todo o cinturão extratropical. As regiões com jatos mais intensos localizaram-se sobre o leste da Austrália, Pacífico Sudoeste e o sul da África. O campo de anomalias destacou o jato no Pacifico Sudeste mais intenso do que a climatologia (Figura 9).
No Hemisfério Sul, prevaleceu o número de onda 3 em latitudes extratropicais e polares (Figura 12).
[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]
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