DISTÚRBIOS ONDULATÓRIOS DE LESTE (DOL)


Durante julho, ocorreram cinco episódios de aglomerados convectivos associados à propagação de Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL). Dos cinco episódios, três foram notados mais ao norte, adjacente à costa do Rio Grande do Norte e Ceará (Figura 27). Ressalta-se, porém, a ocorrência de chuvas abaixo da média nestas áreas. Na maior parte do mês, houve formação de nebulosidade estratiforme associada ao efeito de brisa sobre o leste da Região Nordeste, com maior ocorrência de dias com chuvas entre o litoral de Pernambuco e o nordeste da Bahia. Nos dias 15 e 16, em particular, destacou-se o aumento da convergência de umidade adjacente ao leste do Nordeste, devido à formação de um cavado invertido à superfície e à configuração de um vórtice ciclônico sobre Minas Gerais, no nível de 500 hPa. A associação destes sistemas resultou na ocorrência de chuvas em Água Branca-AL (64,4 mm) e em Recife-PE (35,2 mm), segundo dados do INMET.

O dois primeiros episódios propagaram-se sobre o oceano, desenvolvendo-se em áreas adjacentes à costa norte do Rio Grande do Norte nos dias 09 (Figuras 27a e 27b) e 10 (Figuras 27c e 27d). Estes aglomerados causaram chuvas moderadas no litoral norte do Nordeste. Neste período, destacou-se a ocorrência de chuvas possivelmente associadas ao efeito de brisa sobre a costa de Alagoas (Porto de Pedras: 64,1 mm; e Maceió: 40 mm, no dia 09). No dia 12, o terceiro episódio foi fraco e caracterizou-se próximo ao litoral da Paraíba, entre 06:00 TMG e 21:00 TMG (Figura 27e e 27f). O quarto episódio atuou adjacente à costa norte do Rio Grande do Norte e Ceará no decorrer do dia 18 (Figuras 27g e 27h). O último aglomerado ocorreu adjacente ao litoral de Pernambuco entre 09:00 TMG do dia 26 e 09:00 TMG do dia 27, com destaque para as chuvas registradas em Recife (41,4 mm) e Porto de Pedras-AL (62,4 mm).


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