O jato subtropical posicionou-se preferencialmente sobre o setor central do Chile e Argentina, ao sul de sua posição climatológica, com magnitude média mensal entre 40 m/s a 50 m/s (Figura 28a). De modo geral, o jato subtropical apresentou-se posicionado sobre o centro-sul da América do Sul, aproximadamente entre 30oS e 45oS, até o dia 22 de julho. Destacaram-se os dias 04 e 19, quando o jato atingiu magnitude superior a 70 m/s sobre o sul da América do Sul (Figuras 28b e 28c), com a configuração de outro ramo com magnitude entre 50 m/s e 60 m/s sobre o sudeste do Brasil. Entre os dias 23 e 27, observou-se a atuação preferencial do jato subtropical entre as latitudes 25oS e 35oS, com destaque para o dia 24, quando o jato apresentou magnitude de até 70 m/s sobre o nordeste da Argentina, Uruguai e oceano adjacente. O jato apresentou magnitude de até 60 m/s sobre o Rio Grande do Sul nos dois dias subseqüentes, o que contribuiu para intensificar a atuação do quarto sistema frontal do mês. No dia 26, registrou-se 105,8 mm de chuva em São Luiz Gonzaga-RS e 66,9 mm em Cruz Alta-RS (dado do INMET). É importante mencionar que, do início de julho até o dia 27, os sistemas frontais que atuaram no Brasil apresentaram fraca intensidade, com deslocamento preferencial pelo litoral e interior da Região Sul (ver seção 3.1). A partir do dia 27, houve uma mudança significativa na situação atmosférica em altos e baixos níveis, com o posicionamento mais ao norte do jato subtropical e o término de uma condição de bloqueio no Pacífico Sudeste. No dia 29, em particular, o jato subtropical atingiu magnitude de até 70 m/s sobre o norte da Argentina e Uruguai, sul do Brasil e oceano adjacente (Figura 28d). Ressalta-se que o último sistema frontal do mês conseguiu avançar até o sul da Região Nordeste e houve a incursão da massa de ar frio mais intensa deste ano (ver seção 3.2).
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