DADOS HIDROLÓGICOS


A figura 3.1 mostra a localização das 22 estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios. Os valores das médias mensais de julho, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na tabela 3.1.

Na figura 3.2 pode ser observada a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais medidas no período de janeiro de 1998 a julho de 1999. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A figura 3.3 apresenta as cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1998-1999, e a média climatológica. Em julho, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 29,02 m.

Em relação ao mês anterior não foram verificadas mudanças significativas. Dessa forma, as baixas precipitações que afetaram o Estado de Rondônia não foram suficientes para elevar as cotas dos rios, e provocaram desvios negativos de vazão, da ordem de -50%, na barragem de Samuel-RO. Em julho, a precipitação pluviométrica na Amazônia Central foi significativamente baixa, porém, ocorreu uma redução no volume precipitado, caracterizado pelas anomalias negativas. Pode-se observar uma pequena região, ao sul da divisa dos Estados do Amazonas e Pará, com permanência das anomalias positivas, porém, com baixos valores e tendendo a zero. Essa redução nas precipitações refletiu na redução da vazão observada no Rio Uatumã, na barragem de Balbina-AM (-5,5%), e na redução no Rio Solimões, no posto de Manacapuru-AM (-32%). O Rio Araguari, em Coaracy-Nunes-AP, apresentou desvios negativos da ordem de -0,5% em relação à MLT. Com as chuvas ocorridas, principalmente nos últimos quatro meses, houve diminuição na magnitude dos valores das anomalias negativas. O rio Araguaia-Tocantins apresentou desvios negativos de -32,0% na barragem de Tucuruí-PA.

Na região do norte de Minas Gerais, as precipitações observadas foram superiores, comparadas aos meses anteriores. Dessa forma, ocorreu um pequeno aumento na vazão do Rio São Francisco, tornando os desvios positivos, na ordem de 4,0% na barragem de Três Marias-MG.

Na região do norte do Estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, observou-se que o comportamento da precipitação foi semelhante ao mês de junho, ou seja, as precipitações pluviométricas apresentaram anomalias abaixo da média, refletindo nos desvios negativos da vazão observada no Rio Parnaíba, nos postos de Emborcação-MG (-46,2%), Itumbiara-MG (-45,3%), São Simão-MG (-30,4%) e Furnas-MG (-23,7%). A redução das chuvas na região central do Estado de São Paulo afetou as vazões do Rio Grande, nos postos de Marimbondo-SP e Água Vermelha-SP, que apresentam desvios negativos de vazão em relação à MLT, da ordem de 7%. Da mesma maneira, a barragem de Ilha Solteira, sobre o Rio Paraná, apresentou desvios de -21,5%.

As chuvas que predominaram no litoral sul do Estado de São Paulo, com a divisa do Estado Paraná, elevou os desvios positivos em relação aos meses de abril, maio e junho. Dessa forma, o Rio Paranapanema apresentou desvios positivos em todos os seus postos, com magnitudes elevadas, quando comparado com o mês passado. Os valores nos respectivos postos foram os seguintes: Xavantes-SP (45,2%), Capivara-SP (57%) e Registro (43,1%).

Na Região Sul houve alteração significativa nas condições pluviométricas quando comparado com os meses de maio e junho. Em julho, as chuvas foram observadas em toda Região e, foram observadas anomalias positivas no Paraná (principalmente na região litorânea), Santa Catarina (mais de 95% da área estadual) e na região norte do Rio Grande do Sul. Porém, anomalias negativas também foram observadas no oeste paranaense e no extremo sul do Rio Grande do Sul. Os desvios positivos foram significativos em todos os postos: G. B. Munhoz (127,2%), Salto Santiago no Paraná (125,2%) e Blumenau (131,5%). Nos outros postos da Região Sul, os desvios variaram entre 21,7% e 52% nos postos de Passo Real e Passo Fundo (RS), respectivamente.


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