O número de focos de calor aumentou 37% em relação ao mesmo período do ano passado: 24.000 contra 32.000 (Figura 30). Na semana de 1 a 7 de agosto, o total de focos registrados foi de 5.300 focos, apenas 30% a menos que o observado em julho de 2001. Costumeiramente, agosto é um mês de recordes, tanto nos incêndios resultantes de descuidos nas queimadas agrícolas como na falta de cuidado com a vegetação seca ao longo de estradas e próximo de reservas florestais. Somados os primeiros quinze dias de agosto de 2001, o total de queimadas foi 220% maior quando comparado a agosto do ano passado.

Na primeira semana, as maiores concentrações de focos de calor ocorreram em Rondônia, norte do Mato Grosso e Tocantins, na fronteira com Pará e Maranhão.

Entre os dias 15 e 21 de agosto, as maiores concentrações de fogo foram detectadas ao longo das fronteiras Brasil/ Paraguai e Brasil/Bolívia, no Pantanal, entre os estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O uso do fogo foi intenso no sul e leste do Piauí; no sul do Maranhão; no interior do Ceará e Rio Grande do Norte; no oeste da Paraíba, Pernambuco e Bahia.

O fogo atingiu o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul. Segundo o IBAMA, entre as unidades federais de conservação mais atingidas por incêndios durante a última semana de agosto, estão os Parques Nacionais do Araguaia, no Tocantins, com 29 focos; da Serra da Canastra, em Minas Gerais, com 16 focos; da Serra das Confusões, no Piauí, com um foco; e da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, com um foco. Em Céu Azul, no Paraná, uma queimada de beira de estrada atingiu a borda do Parque Nacional do Iguaçu. Pelo menos duas Reservas Biológicas também apresentaram focos: a de Jarú, em Rondônia, e do Tapirapé, no Pará. Queimaram ainda diversas Florestas Nacionais localizadas no Pará: Carajás, Altamira, Tapirapé-Aquiri, Tapajós-Aquiri e Itacaiúnas.

Houve diminuição dos focos no Sul e Sudeste, em relação ao ano passado, com concentrações médias entre Adamantina e Lins, no interior paulista, e na divisa de Minas Gerais com São Paulo, na altura de Franca.

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