DADOS HIDROLÓGICOS


O mês de agosto é considerado um mês de poucas chuvas em quase todo o território brasileiro. Com isso, a maioria dos reservatórios apresentou uma diminuição climatológica no seu volume.

A Figura 28 mostra a localização das 22 estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios do território brasileiro. Os valores das médias mensais de agosto de 2002, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986 (expressos em porcentagem) são apresentados na Tabela 2.

Na Figura 29, pode-se observar a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais, medidas de janeiro de 2001 a agosto de 2002. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro. A Figura 30 apresenta cotas médias mensais do Rio Negro para o período de 1903 a 1986, assim como as cotas observadas desde janeiro de 2000 a agosto de 2002. Em agosto, o valor médio da cota observada foi de aproximadamente 27,38 m, com valor de máxima e mínima igual a 28,25 m e 26,34 m, respectivamente. Estes valores refletem um situação de diminuição da cota se comparado aos últimos meses.

No leste da Região Norte, predominou uma distribuição de chuvas abaixo do normal. Foram observados desvios negativos da vazão natural nos postos de Coaracy Nunes, Balbina (AM), Tucuruí (PA) e Samuel (RO), tendência observada no mês anterior. Porém, observa-se desvio positivo na vazão no posto de Manacapuru, no Estado do Amazonas (AM).

A vazão natural na barragem de Sobradinho, na bacia do Rio São Francisco, apresentou desvio negativo da ordem de 38%. Porém, houve uma pequena elevação na vazão observada quando comparada com os últimos meses.

Na Região Sudeste, a maioria dos postos apresentou vazões negativas, com excessão dos postos Xavantes e Capivara, no Estado de São Paulo.

Na Região Sul, os postos apresentaram desvios positivos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul e negativos no Paraná, com relação à vazão natural. Em Santa Catarina, no Vale do Itajaí, o maior desvio positivo de precipitação ocorreu em Ituporanga (Tabela 3), enquanto no posto de Blumenau-SC a vazão natural apresentou desvio positivo da ordem de 46%. No Rio Grande do Sul, os postos de Passo Real e Passo Fundo apresentaram desvios positivos em relação à MLT.


[Índice]