GRANDE ESCALA


A Temperatura da Superfície do Mar (TSM) apresentou valores entre 28oC e 30oC nos setores central e oeste do Oceano Pacífico Equatorial. Tais valores resultaram em desvios positivos de até 2oC na região Niño 4 (Figuras 1 e 2), mantendo-se a evolução gradual do fenômeno El Niño. Na costa oeste da América do Sul (Niño 1+2), persistiram anomalias negativas de TSM, cujos valores variaram entre -0,5oC e -1oC. No Oceano Atlântico Tropical, foram registradas anomalias positivas de TSM na costa oeste da África e na costa leste do Brasil. De modo geral, nas regiões tropicais, a TSM apresentou pouca variação comparativamente ao mês anterior.

O campo médio de Radiação de Onda Longa (ROL) destacou o aumento da convecção (desvios negativos de ROL) na região Niño 4. Na Indonésia, foram observadas anomalias positivas de ROL, o que indica menos convecção que a média. Essa situação refletiu a fase positiva do fenômeno ENOS. Nas adjacências do continente sul-americano, no litoral da Argentina, foram observadas anomalias negativas de ROL (Figura 4).

O campo de Pressão ao Nível do Mar (PNM) mostrou anomalias ligeiramente negativas em toda a extensão do Oceano Pacífico Tropical (Figura 5). Esta predominância de pressões mais baixas que o normal é consistente com o aquecimento das águas superficiais nesta mesma região. O sistema de alta pressão do Pacífico Sudeste esteve menos intenso. Anomalias negativas de PNM foram registradas no leste da Argentina e oceano adjacente, concordando com aumento da atividade convectiva ilustrada na (Figura 4). O Índice de Oscilação Sul (IOS) foi de -1.6 e permaneceu negativo pelo sexto mês consecutivo. Esse foi o menor valor do IOS desde abril de 1998.

A alta subtropical do Atlântico Sul apresentou anomalia anticiclônica e, como conseqüência, os ventos intensificaram na costa sudeste e leste do Brasil Figura 6. No Atlântico Tropical Norte, a Alta dos Açores esteve mais intensa e posicionada ao norte de sua posição climatológica.

O campo de anomalia do vento em 850 hPa mostra ventos alísios menos intensos em todo o Pacífico Equatorial. Foi observada uma confluência dos ventos de norte com ventos vindos do oceano sobre o sudeste da América do Sul, o que favoreceu o aumento das chuvas no extremo sul do Brasil (Figuras 6 e 7).

As principais anomalias no escoamento em altos níveis (250 hPa) foram encontradas próximo à América do Sul, onde se notam anomalias anticiclônicas sobre o Pacífico e Atlântico, a sudoeste e a sudeste, respectivamente. Notou-se também, uma intensificação dos ventos de oeste sobre o Atlântico Sul Tropical e um cavado anômalo a nordeste da América do Sul (Figuras 8 e 9).

Observou-se predomínio de número de onda 3 no Hemisfério Sul. Na costa oeste da América do Sul, no litoral chileno, ficou evidente a baroclinia dos sistemas atuantes na região. No Hemisfério Norte, predominou número de onda 4 (Figuras 11 e 12).

Figuras

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