O mês de agosto terminou com um aumento de 35% na ocorrência de focos de calor em relação ao mesmo período do ano passado. Os satélites NOAA 12 detectaram 44.582 pontos de fogo em todo o País Figura31. Em agosto do ano passado, foram detectados 33.000 focos.
No Pará, os 15.000 focos observados correponderam a um aumento de 63% em relação ao ano passado, seguido pelos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com 73% e 35%, respectivamente.
A situação de estiagem no Planalto Central, no Pantanal e em algumas partes do interior do Nordeste proporcionou queimadas bem mais concentradas do que em anos anteriores. As queimadas foram mais intensas no norte do Mato Grosso, do Rio Aripuanã até a BR-163 (Cuiabá-Santarém) e ao longo da rodovia que liga Barra do Garças, nas margens do Rio Araguaia, a Marabá, no Pará. As queimadas alastraram-se pela Serra de Carajás e, mais a oeste, atingiram boa parte da Serra do Cachimbo, também no Pará.
O Pantanal apresentou a maior quantidade de focos, em uma única área, em todo o País, com as maiores concentrações entre Corumbá e Porto Braga, nas margens do Rio Nabileque, estendendo-se, para leste, até a Serra da Bodoquena. Com menor intensidade, as queimadas estenderam-se até Rondônia, nas colonizações ao longo da BR-364, e por todo o norte do Tocantins, sul do Maranhão e do Piauí e extremos oeste da Bahia.
O fogo atingiu os Parques Nacionais do Araguaia (TO), Brasília (DF), Serra das Confusões (PI), Serra da Canastra (MG), São Joaquim (SC) Ilha Grande (PR), Pantanal Matogrossense (MS), Chapada dos Guimarães (MT) e Lençóis Maranhenses (MA); as reservas biológicas Poço das Antas (RJ), Guaporé (RO), Gurupi (MA) e Jarú (RO), além da estação ecológica Uruçuí-Una (PI), que já queima intensamente desde julho. As unidades de conservação de uso direto - onde ocorreram focos - foram as florestas nacionais Tapirapé-Aquiri (PA), Tapajós-Aquiri (PA), Bom Futuro (RO), Itacaiúnas (PA), Tapajós (PA), Jamari (RO) e Carajás (PA).
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