GRANDE ESCALA


Nos setores central e oeste do Pacífico Equatorial, a Temperatura da Superfície do Mar (TSM) continuou variando entre 28ºC e 30ºC, com desvios positivos entre 1ºC e 2ºC nas regiões dos Niños 3 e 4 (Figuras 1 e 2). Já na costa oeste da América do Sul, próximo a região do Peru e Equador, a TSM variou entre 14ºC e 26ºC, com anomalias negativas em torno de -0,5ºC. Com essa configuração, o fenômeno El Niño mantém sua maior atividade na porção ocidental do Oceano Pacífico.

Na região do Atlântico Tropical Norte e Sul, os valores de TSM variaram entre 26ºC e 28ºC, com anomalias ligeiramente negativas (Figura 1).

O campo de Radiação de Onda Longa (ROL) destacou a convecção (anomalia negativa de ROL) na região do Niño 4. Na região da Indonésia, Nova Guiné e sudoeste da Austrália, predominaram anomalias positivas de ROL, indicando menor convecção nestas regiões. Esta situação caracteriza a fase quente do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS). Na região do Golfo do México, houve um aumento da convecção, com a ocorrência de anomalias negativas de ROL (Figura 4).

O campo de Pressão ao Nível do Mar (PNM) apresentou anomalias positivas alongando-se através do Pacífico Subtropical Sul e anomalias negativas de até -8 hPa mais ao sul (Figuras 5 e 6). O Índice de Oscilação Sul (IOS) foi de -0.7 e permaneceu negativo pelo sétimo mês consecutivo. Próximo à Foz do Rio da Prata, ocorreram anomalias de PNM menos negativas que no mês anterior. Essa situação foi consistente com o deslocamento dos sistemas frontais para posições mais ao norte, o que não ocorreu em agosto passado, e com o conseqüente aumento da convecção no centro e sul do Brasil em setembro de 2002. Entretanto, essas anomalias negativas de PNM ainda denotaramm a formação de ciclogêneses próximo ao sul do Brasil e Uruguai.

A alta subtropical do Atlântico Sul apresentou-se alongada e ligeiramente deslocada para leste, com isso houve uma diminuição na intensidade do alísios de sudeste.. No Atlântico Tropical Norte, a Alta dos Açores apresentou-se menos intensa que a média climatológica.

O campo de anomalia do vento em 850 hPa mostrou um enfraquecimento dos ventos alíseos de sudeste tanto sobre o Pacífico Equatorial quanto sobre o Atlântico Tropical (Figuras 6 e 7). No Atlântico Subtropical Sul, destacaram-se anomalias ciclônicas associadas ao enfraquecimento da Alta do Atlântico Sul.

Em altos níveis (250 hPa), as anomalias mais proeminentes no escoamento foram encontradas no sudeste do Pacífico, onde prevaleceu anomalia anticiclônica menos intensa do que a observada no mês anterior (Figuras 8 e 9).

No Hemisfério Sul, houve predominância de número de onda 2. No extremo sul do Brasil e costa leste da Argentina, houve uma predominância de anomalias negativas. Sobre o Pacífico Sudeste nota-se um padrão de bloqueio bem estabelecido. No Hemisfério Norte, predominou, também, o número de onda 2 (Figuras 10 e 11).

Figuras

[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]


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