O mês de setembro terminou com um número de queimadas 63% maior que o mesmo período do ano passado. Nas quatro primeiras semanas deste mês, os satélites NOAA detectaram 62.232 focos de calor em todo o País (Figura 31). O Estado do Mato Grosso contribuiu com 16.000 focos, o dobro do ano passado, seguido pelo Pará, com 10.500 focos, pelo Tocantins, com 9.200 focos, e por Rondônia, com 6.500 focos.
O dia 18 registrou o maior recorde diário de queimadas desde agosto de 1999. Foram mais de 6.800 focos distribuídos no Pará, Tocantins e Maranhão. No dia anterior, foram 4.000 registros.
Devido à seca prolongada, sobretudo no Planalto Central, as queimadas agora estão bem mais concentradas espacialmente do que em anos anteriores, principalmente entre as fronteiras de Mato Grosso, Paraná e Tocantins.
Diversas terras indígenas sofreram com as queimadas no Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Tocantins, Roraima, Mato Grosso do Sul, Goiás e Maranhão. Na Amazônia Legal (AML), o município de Altamira, no Pará, entrou em estado de alerta no início do mês em função do incêndio em cobertura vegetal nativa, floresta de transição, cerrado, cerradão e campo (com topografia local bastante acidentada e de difícil acesso). Todos os focos detectados na AML, de acordo com verificação feita em mosaico de imagens Landsat/TM, ocorreram em áreas florestais e desflorestadas. Vários parques nacionais também foram castigados pela estiagem.
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