As bacias hidrológicas continuaram apresentando baixos valores de precipitação. As anomalias positivas de precipitação restringiram-se às bacias do Amazonas e do Paraná. Nas demais bacias, as anomalias foram predominantemente negativas. De modo geral, as vazões estiveram abaixo do esperado climatologicamente.
As estações utilizadas são mostradas na Figura 29 e a evolução temporal das vazões médias mensais observadas nestas estações, assim como os correspondentes valores Médios de Longo Termo (MLT), na Figura 30. A Tabela 3 apresenta os valores das vazões médias mensais deste mês e seus desvios em relação à MLT. Durante este mês o Rio Negro apresentou uma cota média de 24,22 m, sendo a máxima igual a 25,89 m e a mínima igual a 22,10 m (Figura 31).
Com exceção da vazão observada na estação Balbina-AM, o restante das estações na bacia do Amazonas mostrou vazões menores que as observadas no mês de agosto. Nas estações de Samuel-RO e Coaracy Nunes-AP, os valores observados foram menores que os correspondentes da MLT e refletiram o período de estiagem. Nas estações de Balbina-AM e Manacapuru-AM, os valores observados superam os da MLT.
Na bacia do rio Tocantins, os valores observados na estação Tucuruí-PA também refletiram o período de estiagem. A vazão observada foi menor que a do mês anterior e que a esperada de acordo com a MLT. Situação similar ocorreu na bacia do rio São Francisco, onde as vazões observadas nas estações de Sobradinho-BA e Três Marias-MG diminuíram em relação ao mês anterior e estiveram abaixo da MLT do período.
Na bacia do rio Paraná, as vazões observadas em todas as estações foram menores que nos meses anteriores, consistente com o período de estiagem também nesta bacia. Com exceção das vazões observadas em Emborcação-MG e São Simão-MG, predominaram desvios positivos em relação à MLT, chegando a mais de 70% nas estações de Munhoz-PR e Salto Santiago-PR.
Na bacia do Atlântico Sudeste, os valores observados foram menores que no mês anterior e também ficaram abaixo dos correspondentes valores da MLT. Na estação de Blumenau-SC, as vazões apresentaram um desvio negativo de quase 70% em relação à MLT. Esta situação foi consistente com os desvios observados nas precipitações do Vale do Itajaí (Tabela 4).
Na bacia do Uruguai, na estação Passo Fundo-RS, a vazão observada foi menor que a MLT em mais que 70%.
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