Durante o mês de setembro de 2004, destacou-se a permanência de áreas com valores de TSM acima da climatologia nas regiões correspondentes aos Niños 3, 3.4 e 4, onde as anomalias positivas foram respectivamente iguais a 0,3oC, 0,8oC e 1,1oC (Tabela 1). Próximo à costa oeste da América do Sul, na área correspondente ao Niño 1+2, os desvios foram ligeiramente negativos (Figuras 1 e 2). Esta configuração ainda é prematura no sentido de caracterizar a fase quente do episódio El Niño - Oscilação Sul (ENOS). No Atlântico Norte, predominaram anomalias positivas de TSM, enquanto que, no Atlântico Sul, as anomalias positivas de TSM na bacia do Prata podem ter contribuído para o aumento das chuvas em parte dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (ver seção 2.1.5).
No campo de anomalias de Radiação de Onda Longa (ROL), que é uma medida indireta da convecção, foram observados significativos desvios positivos em grande parte do Brasil Central, no Atlântico Sul, e na região da Filipinas, no Pacífico Oeste (Figura 5). No Brasil, a situação de anomalia anticiclônica que se configurou no escoamento, ao norte de 30šS, em baixos e altos níveis da atmosfera, foi consistente com estas anomalias positivas de ROL, ou seja, atividade convectiva abaixo do esperado principalmente sobre as Regiões Centro-Oeste e Sudeste (ver seções 2.1.2 e 2.1.4).
O campo de anomalia de Pressão ao Nível do Mar (PNM), a exemplo dos meses de julho e agosto passados, evidenciou o deslocamento para sudeste das altas subtropicais climatológicas do Hemisfério Sul. No Hemisfério Norte, as altas pressões apresentaram-se mais intensas e deslocadas para norte (Figura 6).
A anomalia anticiclônica sobre o centro e norte do Brasil foi destacada no campo de anomalia de vento em 850 hPa (Figuras 7 e 8). Esta configuração, em associação com o campo de vento em 200 hPa (Figuras 9 e 10), evidenciou a situação estacionária sobre o continente sul-americano, com a maior intensidade do jato subtropical em torno de 25šS.
No campo de anomalia de geopotencial, destacam-se dois centros de anomalias negativas, um deles localizado ao sul da América do Sul, sobre o estreito de Drake, e outro no lado oposto da Antártica, configurando um número de onda 2 ao redor das altas latitudes.
[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]
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