GRANDE ESCALA


O campo de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) apresentou aumento da área com anomalia negativa no Pacifico Equatorial Leste (Figura 1). De modo geral, as anomalias estiveram abaixo da média na região do Niño 1+2 e acima da média na região do Niño 4. Na região do Niño 3, a anomalia de TSM apresentou uma maior variação de agosto para setembro, passando de 0,6ºC para -0,3ºC (Figura 2 e Tabela 1). A configuração apresentada na bacia do Oceano Pacífico não é indicativa do desenvolvimento de padrão associado ao episódio ENOS. O Atlântico Tropical continuou apresentando valores de TSM predominantemente acima da média no setor norte e normais no setor tropical. Adjacente à costa sudeste da América do Sul, ainda permanece uma área com TSM acima da climatologia.

O campo global de anomalia de Radiação de Onda Longa (ROL) evidenciou pequenas regiões convectivamente ativas, como pode ser notado a nordeste da Índia e a leste da Indonésia (Figura 5). Entre as regiões com convecção abaixo da média, estão o sul da África, o setor norte do Oceano Índico e o noroeste da América do Sul. Neste mês, a atividade convectiva associada ao efeito da intrasazonalidade (Oscilação Madden-Julian) ficou restrita ao Oceano Índico.

Considerando o campo de anomalia de Pressão ao Nível do Mar (PNM), houve predomínio de desvios positivos em grande extensão tanto do Pacífico quanto do Atlântico, destacando-se os valores mais positivos no Pacífico Norte e Atlântico Sul (Figura 6). Sobre a América do Sul, em particular, houve predominância de pressões mais altas que a climatologia. No Hemisfério Sul, destacaram-se as áreas de anomalias negativas de PNM no Índico e em latitudes extratropicais do Pacífico e do sudoeste do Atlântico.

Os ventos próximos à superfície (850 hPa) apresentaram um padrão que indica a ausência de um episódio ENOS. Contudo, notaram-se as anomalias positivas nos alísios de sudeste ao longo do Pacifico Equatorial Leste (Figuras 7 e 8), consistente com as anomalias negativas de TSM próximo à costa oeste da América do Sul.

Embora tenham sido notadas anomalias de sul a leste dos Andes, o que resultou no enfraquecimento do jato em baixos níveis, as anomalias de norte no oeste do Brasil foram consistentes com a ocorrência de chuvas acima da média histórica no Mato Grosso do Sul (ver seção 2.1.2).

Em altos níveis da atmosfera (200 hPa), destacou-se a maior atividade do jato subtropical sobre a América do Sul (Figuras 9 e 10).

O campo de altura geopotencial (500 hPa) no Hemisfério Sul destacou um número de onda 3 (Figura 11).

Figuras

[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]


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