GRANDE ESCALA


O padrão de anomalias de TSM no Oceano Pacífico Equatorial voltou a caracterizar o fenômeno La Niña, com intensidade variando de fraca a moderada (Figura 1.2.1). Nas regiões dos Niños 3.4 e 4, as anomalias estiveram mais negativas que o observado no mês anterior (Tabela 1.2.1). Por outro lado, as anomalias positivas de TSM a oeste da Linha Internacional de Data diminuiram em relação ao mês anterior (Figura 1.2.1). No Oceano Atlântico Tropical, as anomalias de TSM estiveram próximas à média (Figuras 1.2.1 e 1.2.3). Ao longo da costa sul do Brasil e leste da Argentina, as anomalias negativas de TSM expandiram em relação ao mês anterior (Figura 1.2.1).

No campo de anomalia de Radiação de Onda Longa (ROL), o padrão típico do fenômeno La Niña voltou a se configurar no Pacífico Central e Oeste, ou seja, anomalias positivas na faixa equatorial do Pacífico e negativas na região da Indonésia (Figura 1.2.4). Sobre o litoral leste do Brasil, valores positivos de anomalias de ROL foram consistentes com anomalias negativas de precipitação (ver seções 2.3 e 2.4). Na Região Sul, o núcleo de anomalia negativa de ROL refletiu a atividade convectiva acima da média. No continente africano, em torno de 10šN, a ZCIT esteve com atividade convectiva acima da normal climatológica.

O campo de anomalias de Pressão ao Nível do Mar (PNM) destacou as anomalias negativas no Pacífico Oeste (Figura 1.2.5). O Índice de Oscilação Sul (IOS) apresentou valor igual a 1,0 e foi consistente com a presença do fenômeno La Niña (Tabela 1.2.1). No Oceano Atlântico Sul, foi observado um deslocamento para leste da Alta do Atlântico Sul (AAS).

O campo de ventos em 850 hPa (Figuras 1.2.6 e 1.2.7) indicou anomalias de leste no Pacífico Equatorial Central e a manutenção do fenômeno La Niña. No Oceano Atlântico Tropical Norte, foi observada a desintensificação dos ventos alísios (Figuras 1.2.6 e 1.2.7). O vetor pseudo-tensão de cisalhamento superficial apresentou anomalias de sul, ao sul de 15šS, que foram desfavoráveis à ocorrência de chuvas ao longo do litoral da Região Sudeste do Brasil (Figura 1.2.8).

O escoamento em altos níveis (200hPa), sobre a América do Sul, gerou uma anomalia ciclônica sobre a costa oeste e anomalia anticiclônica sobre a costa leste do continente (Figuras 1.2.9 e 1.2.10).

No Hemisfério Norte, o campo de anomalia de altura geopotencial em 500 hPa (Figura 1.2.11) evidenciou anomalias positivas nas latitudes subtropicais e um padrão de onda 2 em latitudes médias. No Hemisfério Sul, houve um predomínio de anomalias negativas em altas latitudes e positivas em latitudes médias (Figura 1.2.12).

Figuras

[ Figura 1.2.1][ Figura 1.2.2] [ Figura 1.2.3] [ Figura1.2.4] [ Figura 1.2.5] [ Figura 1.2.6][ Figura 1.2.7] [ Figura 1.2.8] [ Figura 1.2.9] [ Figura 1.2.10] [ Figura 1.2.12][ Tabela 1.2.1]


[Índice]