Os vórtices ciclônicos de latitudes médias atuaram em altos níveis ao sul de 30ºS (Figura 27). Estes sistemas causaram ventos fortes, chuvas intensas e danos materiais, com enchentes e queda de barreiras na Região Sul. O vórtice ciclônico que atuou entre as Regiões Nordeste e Sudeste foi observado no final do mês. Na maior parte do mês houve a atuação de cavados em quase todo o País. Estes sistemas alinharam-se com os sistemas frontais, causando nebulosidade e instabilidade nos setores norte, oeste e sul do Brasil.
O vórtice ciclônico que atuou nos últimos dias do mês de setembro, interagindo com uma ciclogênese em baixos níveis (ver seção 3.1), continuou atuando no início do mês de outubro sobre a Região Sul. Este sistema permaneceu no extremo sul do Rio Grande do Sul, deslocando-se no dia 3 para o oceano.
O segundo VCAN foi observado no sudoeste do Uruguai e sul do Rio Grande do Sul, no Brasil, no dia 8. Este sistema pode ser observado na Figura 27b, ocorrendo após a intensificação do jato em altos níveis (seção 4.1).
No dia 16, um cavado no oceano, com eixo em 40ºS e 30ºW, evoluiu para uma circulação ciclônica (VCAN) no dia seguinte. Este sistema não atuou diretamente sobre a América do Sul, permanecendo até o dia 18 sobre o oceano.
Nos dias 26 a 28, a formação de um cavado próximo à Região Sudeste do Brasil, com vórtice ciclônico configurado no nível de 500 hPa, apresentou eixo que se estendeu até o norte do Brasil, causando aumento da nebulosidade e chuvas no extremo norte e leste da Região Nordeste. Este cavado tornou-se um VCAN no dia 29, nos altos e médios níveis, com centro posicionado no oceano próximo ao sul do Bahia. No dia seguinte, este sistema encontrava-se posicionado entre o sul da Bahia e Espírito Santo, onde enfraqueceu e deslocou-se posteriormente para o oceano.
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