A Temperatura da Superfície do Mar (TSM) apresentou os valores mais altos, entre 30ºC e 32ºC em áreas do setor central e oeste do Oceano Pacífico Equatorial. Anomalias positivas de até 3ºC ocorreram na região do Niño 4 (Figuras 1 e 2), maiores que no mês anterior. Próximo à costa oeste da América do Sul (área do Niño 1+2), as anomalias de TSM tornaram-se positivas, aumentando em mais que 1ºC relativamente ao mês anterior, quando predominavam anomalias negativas. Esta configuração indica que houve aumento na área de atuação do El Niño em relação a setembro passado. Próximo à maior parte da costa leste da América do Sul e costa oeste da África, também foram observadas anomalias de TSM positivas.
O campo de Radiação de Onda Longa (ROL) destacou o aumento da atividade convectiva próximo à Linha Internacional de Data, na Índia e no extremo sul do Brasil. Na região da Indonésia, Austrália e leste do Brasil, houve diminuição da convecção em relação aos valores climatológicos, com desvios positivos ente 15 W/m2 e 30 W/m2 (Figura 4). Essa é uma situação característica durante a fase positiva do El Niño-Oscilação Sul (ENOS).
O campo de Pressão ao Nível do Mar (PNM) mostrou uma predominância de anomalias negativas no Hemisfério Sul e anomalias positivas sobre áreas continentais no Hemisfério Norte (Figura 5). O sistema de alta pressão do Pacífico Sudeste deslocou para leste, enfraquecendo próximo ao continente sul-americano. No extremo sul da América do Sul, as anomalias atingiram valores de até -6hPa. O Índice de Oscilação Sul (IOS) permaneceu com valor igual a - 0.7, continuando negativo pelo oitavo mês consecutivo. A alta subtropical do Atlântico Sul apresentou seu centro em 30ºS e 15ºW, com anomalia ligeiramente negativa, entre 0 e -2 hPa.
No campo de anomalia de vento em 850hPa, destacou-se o enfraquecimento dos ventos alíseos no Pacífico Equatorial Oeste. A leste da Região da Indonésia, as anomalias do vento apresentaram velocidade em torno de 10m/s (Figuras 6 e 7).
Considerando o escoamento em 200 hPa, destacou-se um padrão de dipolo sobre a América do Sul, com anomalia ciclônica sobre o norte do Brasil e anticiclônica sobre o sul do Brasil e norte da Argentina. Esta configuração foi consistente com as chuvas abaixo da média em grande parte do Brasil Central, associada com ocorrência de vórtices ciclônicos em altos níveis (ver seção 2.1). Sobre a Linha Internacional de Data, destacou-se o par de anticiclones associado ao desenvolvimento do fenômeno El Niño (Figuras 8 e 9).
No campo de geopotencial em 500 hPa, no Hemisfério Sul, houve predominância do número de onda 4. No Hemisfério Norte, ressaltaram-se as anomalias negativas muito intensas sobre toda extensão das latitudes médias e altas deste Hemisfério (Figuras 10 e 11).
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