Durante o mês de outubro, as precipitações foram baixas na maioria das bacias brasileiras. Apenas no sul da bacia do Paraná, na bacia do Uruguai e no sul da bacia do Atlântico Sudeste ocorreram precipitações mais elevadas, resultando em vazões que excederam a MLT. Nas bacias do Amazonas, Tocantins, São Francisco, e no nordeste da bacia do Paraná, persistiram as condições de estiagem, com vazões que, em geral, não superaram os valores esperados.
A Figura 30 mostra a localização das estações utilizadas nesta análise. Na Figura 31, são mostradas a evolução temporal da vazão, para cada uma destas estações, e as respectivas Médias de Longo Termo (MLT). Os valores médios das vazões nas estações utilizadas e os desvios em relação à MLT são mostrados na Tabela 3.
Na estação Manacapuru-AM, os valores das vazões foram calculados a partir das cotas observadas no Rio Negro (Figura 32), utilizando um modelo de correlação. Neste mês, o Rio Negro, apresentou uma cota média de 15,43 m, sendo a máxima de 16,53 m e a mínima de 14,75 m.
Nas estações localizadas na bacia do Amazonas, observou-se a persistência da situação de estiagem, com diminuição das vazões em relação aos meses anteriores e, na sua maioria, abaixo da MLT. Apenas a estação Samuel-RO apresentou uma vazão superior à observada em setembro passado e a estação Balbina-AM, uma vazão maior que a MLT. A estação Tucuruí-PA, na foz da bacia do Tocantins, apresentou uma vazão inferior às observadas nos meses anteriores e abaixo da MLT. Situação similar ocorreu nas estações localizadas na bacia do Rio São Francisco.
Na parte nordeste da bacia do Paraná, o quadro foi similar ao apresentado pelas bacias anteriores. Na parte central da bacia do Paraná - na área que abrange a sub-bacia do Paranapanema - e no sul desta bacia, as vazões observadas foram maiores que as observadas nos meses anteriores e excederam os valores correspondentes à MLT.
Na estação localizada no Vale do Itajaí, Blumenau-SC, na bacia do Atlântico Sudeste, a vazão apresentou uma queda em relação ao mês anterior, porém excedeu o valor climatológico. Isto é o resultado dos desvios positivos nas precipitações observadas no Vale do Itajaí (Tabela 4). No norte e sul desta bacia, assim como na bacia do Rio Uruguai, as vazões excederam a MLT e os valores observados no mês anterior.
Nas bacias do Amazonas, Tocantins, São Francisco, e no nordeste da bacia do Paraná, persistiram as condições de estiagem, com vazões que, em geral, não superaram os valores esperados. Na parte sul da bacia do Paraná, na bacia do Atlântico Sudeste e na bacia do Uruguai, as vazões foram maiores e excederam a MLT, associadas com as anomalias positivas na precipitação.
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